Por Eva Fernandes
Que Imperatriz é a segunda maior cidade do Estado é perceptível. O último censo declarou que o número de habitantes ultrapassa os 250 mil. A cidade tem se destacado nos indicadores de desenvolvimento humano. No período entre 2009 e 2015, recebeu reconhecimento e certificações, como por exemplo, a redução da taxa de mortalidade infantil. Além disso, em 2015 foi eleita pela revista ISTOÉ como uma das 50 melhores cidades do país.
Foi destaque - com o 4º lugar na categoria "Indicadores Sociais e Desenvolvimento Humano" - no ranking feito pela Revista ISTOÉ, em parceria com Austing Ranking. Realizado entre 5.565 municípios brasileiros, o trabalho reconheceu as práticas de gestão no âmbito municipal. Com o levantamento, foi possível mapear o nível socioeconômico dos municípios de todos os estados brasileiros.
Nesta entrevista, o prefeito Sebastião Madeira fala sobre os desafios da gestão. Sobretudo, os que contribuíram para o desenvolvimento de Imperatriz. Para Madeira, ainda há muito a ser feito para promover o crescimento da cidade. Durante a entrevista, o prefeito também comentou a crise econômica brasileira e as consequências dela. Segundo ele, os municípios têm buscado medidas para amenizar os problemas decorrentes da instabilidade política e econômica do país.
Prefeito, Imperatriz está entre as 50 cidades brasileiras com melhores indicadores de desenvolvimento humano, eleita pela Revista ISTOÉ, em parceria com Austing Ranking. O senhor atribui essa conquista a quê?
Imperatriz é uma cidade com uma população formada por pessoas extremamente empreendedoras. Pessoas corajosas, sempre dispostas a investir. Mesmo aqueles que não têm capital investem. Seja no trabalho ou na confiança. Isso é o que faz a diferença entre Imperatriz e as demais cidades. Além disso, nós temos buscado atrair investimento de empresas para a cidade. Isso, obviamente, reflete em novas oportunidades de empregos e melhora a economia da cidade e evidentemente a revela como um dos destaques do país.
A crise econômica é atualmente um problema mundial. Governos nas esferas municipais, estaduais e federal buscam medidas que amenizem a problemática. Neste sentido, poderia pontuar ações desempenhadas pelo Município?
Nós temos feito todos os esforços necessários para conter custos. E, paralelo a isso, também temos buscado parceria com o Governo do Estado. O governador Flávio Dino, na medida do possível, tem nos ajudado tanto na infraestrutura quanto na saúde. Em um momento de crise, é preciso ter criatividade e, sobretudo, serenidade para poder superar.
Como o senhor avalia o atual cenário político nacional?
Eu e todos os brasileiros estamos muito preocupados. A presidente, em minha opinião, perdeu as condições de governar. Ou recupera-se essas condições ou todos nós vamos continuar pagando um preço muito alto. Com essa crise, todas as esferas sofrem consequências. Em Imperatriz, por exemplo, temos buscado parcerias para garantir que os serviços não parem.
Entre os desafios da sua gestão, quais deles o senhor acredita que fortaleceu as metas do seu governo?
Na área social, recebemos elogios referentes ao modo como cuidamos das crianças desprotegidas e também dos idosos, além do apoio na segurança alimentar. A área da saúde é um imenso desafio. Imperatriz tem absorvido as mazelas de estados próximos, o que acaba consumindo os recursos do Município. Vale ressaltar que não temos tido a devida assistência do Governo Federal. Na infraestrutura, temos realizado diversas obras para melhorar a mobilidade na cidade, mesmo assim reconheço que falta muito. A Secretaria de Agricultura tem dado apoio para os pequenos produtores da região. Na educação nós já garantimos construção e reformas de escolas. Então, acredito que todos os serviços que realizamos, sem dúvida, foram desafios que melhoraram a cidade. Esse sempre foi nosso objetivo. A redução na taxa de mortalidade infantil também é uma grande conquista para nossa cidade.
Desde o início da gestão, o seu governo firmou compromissos voltados para a melhoria da mobilidade urbana de Imperatriz. Que balanço o senhor faz dos trabalhos realizados?
Em termos de mobilidade urbana, quando assumi a prefeitura de Imperatriz tinha 54 mil veículos. Hoje se aproxima de 140 mil com as mesmas ruas. Então, através da Secretaria de Trânsito, nós fizemos um grande trabalho de organização. Uma das grandes preocupações desde o início da minha gestão foi garantir mais segurança no trânsito da cidade. Tanto que hoje temos alto investimento em novas sinalizações. Implantamos 50 conjuntos de semáforos nos principais cruzamentos da cidade. As Avenidas Dorgival e Santa Tereza são exemplos das sinalizações horizontais que utilizamos como estratégia para melhorar a fluidez e reduzir o número de acidentes.
Que mensagem o senhor deixa para os imperatrizenses, sobretudo como estímulo para o ano que está começando?
O ano de 2016 terá a inauguração de obras importantes que são esperadas pela população há muitos anos. Exemplo disso é o Mercado do Peixe e a Feirinha da Nova Imperatriz. Também termos o Complexo Fiqueninho, que será entregue nos três primeiros meses deste ano. Serão entregues seis mil casas para as famílias de baixa renda. Vai começar a funcionar um aparelho de ressonância magnética no Posto Três Poderes. Além disso, adquirimos novos equipamentos para a saúde. O sucesso da minha gestão é reflexo das parcerias que foram firmadas ao longo desses sete anos de mandato. Sempre afirmo que a cidade não avança somente com o poder público. É preciso união com a iniciativa privada e com a comunidade para que a cidade cresça e se desenvolva. Desejo que este ano que está começando seja ainda melhor para nossa cidade.
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