Demóstenes Torres não respondeu às perguntas feitas pelos parlamentares

Brasília-DF - A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga as relações de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com agentes públicos e privados reúne-se terça-feira (5) para o depoimento de quatro pessoas ligadas ao governador de Goiás, Marconi Perillo. A reunião está marcada para as 10h15.
O primeiro a ser ouvido será Walter Paulo Santiago, empresário e um dos proprietários da Faculdade Padrão, para quem o governador de Goiás, Marconi Perillo, teria vendido um imóvel no condomínio Alphaville Ipês, em Goiânia. Nesta casa, Carlinhos Cachoeira foi preso durante a operação Monte Carlo, da Polícia Federal, e há suspeitas de que ele seria o verdadeiro comprador, com Walter operando como intermediário para esconder a transação.
Os parlamentares também ouvirão Sejana Martins, uma das proprietárias da empresa Mestra Administração e Participações. É a essa empresa que a casa no condomínio Alphaville pertence de fato, no registro de imóveis. Além disso, a empresa nunca teve Walter Paulo Santiago em seu quadro societário. Parlamentares desconfiam que a empresa foi usada como “laranja” na negociação. Eles também estranharam o fato de, dois dias após a compra da casa, Sejana deixar a sociedade. Além disso, ela é diretora da Faculdade Padrão.
Écio Antônio Ribeiro, o único sócio remanescente da Mestra Administração e Participações, também será ouvido pela CPI. O outro sócio, Fernando Gomes Cardoso (a ser ouvido futuramente, pois já há requerimento aprovado nesse sentido), deixou a sociedade alguns meses depois.
Eliane Gonçalves Pinheiro, a ex-chefe de gabinete do governador Perillo, também foi convocada. Eliane mantinha contato com Cachoeira, e chegou a receber informações sobre investigações da Polícia Federal que beneficiavam políticos ligados ao investigado. Gravações telefônicas da PF mostram, por exemplo, que a ex-chefe de gabinete avisou ao prefeito de Águas Lindas, Geraldo Messias, um aliado de Perillo, de que a polícia faria uma busca na residência dele. Graças ao alerta, o prefeito não pode ser encontrado. (Agência Senado)