O presidente Michel Temer rebateu ontem (11), em discurso no Palácio do Planalto, os críticos de seu governo e agradeceu aos deputados que falaram em sua defesa na segunda-feira (10) na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara. Temer discursou durante a cerimônia de lançamento do Programa Nacional de Regularização Fundiária e entregou títulos de propriedade a moradores de áreas não regularizadas. O presidente exaltou o período em que está no governo e afirmou que, “enquanto alguns protestam, a caravana passa”.
“É um governo de um ano e um mês. E tem sido vítima das mais variadas contestações, o que é natural da democracia. Enquanto alguns protestam, a caravana passa. E a caravana está passando. Isso é que é importante”, disse.
O presidente destacou o caráter descentralizador do seu governo, citou medidas como a reforma do ensino médio e a queda dos juros e comemorou, acrescentando que sua gestão, em um ano e um mês, fez tanto pelo país “como não se fez nos anos passados”.
O lançamento do programa de regularização fundiária ocorreu no Palácio do Planalto, repleto de apoiadores. “Temos 13 meses de governo. E é incrível que ao longo de tanto tempo não se tivesse cuidado dessa matéria, que é uma coisa singela. Que é pegar quem está no campo e dizer ‘olha, você não tem o título de propriedade, nós vamos te dar’.”
Agradecimento
Ao final do discurso, Temer agradeceu os deputados que saíram em sua defesa na sessão de segunda-feira na CCJ. A comissão trata da admissibilidade ou não da denúncia de corrupção passiva apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra Temer.
“E, para não dizer que não falei de flores, quero agradecer enormemente àqueles que no dia de ontem usaram sua palavra, sua oratória, sua emoção, mas particularmente sua indignação, contra o que ouviram na comissão. Eu quero dizer que estarei obediente ao que os senhores deputados decidirem”, disse.
Temer reafirmou que o que está sendo feito é uma injustiça contra ele e contra o Brasil. E acusou seus adversários de quererem paralisar o país. “Nas orações que fizeram eles [deputados aliados] revelaram a indignação com a injustiça. Não só a injustiça com o fato em si, mas a injustiça que se faz com o Brasil. Porque os que querem impedir que continuemos, querem paralisar o país. De modo que não vamos admitir isso, não vamos tolerar.” (Agência Brasil)
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