A construção da ponte ligando os estados de Tocantins e do Pará será responsável por uma maior integração da região, assim como deve gerar empregos e desenvolvimento. Após assinar a ordem de serviço para o início das obras em São Geraldo do Araguaia, o presidente da República, Michel Temer, reforçou, nessa quinta-feira (14), a necessidade de diálogo e atuação conjunta para governar.
"A obra gera emprego e o desemprego é algo que nos preocupa enormemente", disse Temer. Com extensão de 1,7 mil metros, a ponte tem prazo de construção de três anos e valor estimado de R$ 132 milhões. Hoje, a travessia entre Xambioá e São Geraldo, ligados pela BR-153, é feita por balsas. "Contratem o pessoal desta região. Porque aí, você combate o desemprego nesta região", completou.
Para o presidente, a construção da ponte, que deve beneficiar diretamente mais de 40 mil pessoas, fortalece a integração dos estados e dos povos. "Minha convicção é de que construir pontes é fortalecer o civismo e fortalecer amizades", afirmou. Na divisa entre os dois estados, a principal fonte de recursos vem da produção agropecuária.
Ao citar os ministros e os parlamentares presentes na assinatura da ordem de serviço, o presidente destacou que procura governar ouvindo todos os setores da sociedade. E que essa forma de atuação garante o número de realizações em 17 meses de governo. "Um diálogo intenso com a sociedade, um diálogo intenso com o Congresso Nacional, que tem permitido que nós cheguemos até aqui", ressaltou.
Turismo
Assim como em Xambioá, haverá desenvolvimento em São Geraldo do Araguaia, aposta o prefeito da cidade de 29 mil habitantes, Edilson Pereira de Carvalho. A cidade tem grande potencial turístico, com cachoeiras e sítios históricos. "Muitos deixam de visitar São Geraldo pela dificuldade de acesso. Com a ponte, o turismo será potencializado e a cidade beneficiada", afirmou.
Segundo Carvalho, a ponte entre as duas cidades vai facilitar o escoamento dos produtos produzidos no município. Atualmente, as principais fontes de renda de São Geraldo do Araguaia são a pecuária e a agricultura. Diariamente, 150 veículos e 500 pedestres fazem a travessia para o município tocantinense.
Ponte impulsionará
desenvolvimento regional
A ponte, além de trazer melhorias para a vida da população local, será um divisor do desenvolvimento da região. Atualmente, a travessia no trecho é feita de balsa pelo rio Araguaia, o que onera e deixa mais lento o transporte de mercadorias. Quando concluída, a ponte integrará duas das mais importantes rodovias do País: a Transamazônica e a Belém-Brasília. Além disso, fará a interconexão entre dos modais da hidrovia do Tocantins e a ferrovia de Carajás.
Para o presidente da Associação dos Pequenos Produtores do Projeto Agrícola de Limeira, Antônio Albertino Pereira, a nova ligação terrestre facilitará o escoamento da produção. "O tráfego na balsa é um transtorno. Com a ponte, fica bem mais fácil a questão do frete, pois já não paga a travessia no barco. Para nós, a ponte é o que mais esperávamos", afirma.
"É uma obra muito importante para a região, uma vez que liga tanto a região norte tocantinense quanto a região do sul do Pará, que são regiões produtivas que têm seu desenvolvimento prejudicado em função da falta de uma ligação como essa", disse o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em Tocantins, Eduardo Suassuna.
Para a prefeita da cidade, Patrícia Evelin (PMDB), a obra trará grandes benefícios, como a geração de trabalho e renda: "A obra nos tornará ainda mais valorizados, porque o progresso vai passar por aqui e vai ficar aqui". Patrícia também ressaltou que a construção do empreendimento irá fomentar a implantação de empresas na cidade e incentivar o comércio e a prestação de serviço local.
A vice-governadora do Tocantins, Cláudia Lelis (PV), também destaca que a ponte beneficiará toda a cadeia produtiva de grãos, minérios, agropecuária e indústrias da região. "Essa obra vai poder fazer um eixo de ligação importantíssimo entre a Região Norte e todas as regiões do País", afirmou.
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