Sidney Rodrigues
Taxistas e mototaxistas de Imperatriz estiveram presentes em audiência pública na manhã de ontem (28). As classes querem que os motoristas de aplicativos sigam as mesmas regras impostas às categorias. Essa é principal posição e reivindicação apresentada na Câmara Municipal. A sessão tratou da “Atual situação em que os taxistas se encontram”, e foi comandada pela Comissão Permanente de Obras e Serviços Públicos.
O presidente da Câmara, José Carlos Soares Barros (PV), no uso da Tribuna Freitas Filho, informou que há mais de dois anos identificou que o problema é a competitividade, pois infelizmente as classes de táxis e mototáxis não se prepararam para a competição desenfreada que hoje existe, e mesmo criando leis, enquadrando, educando ou limitando, essa gigantesca competição irá continuar.
“Estão perdendo clientes porque ficam em pontos fixos esperando os passageiros e os aplicativos vão buscar o cliente na porta de casa, ou onde ele estiver, graças à modernidade. Taxistas perdem clientes desde a criação do SAMU pois as ambulâncias tiraram aqueles que utilizavam o serviço nas madrugadas com problemas de saúde ou mulheres gestantes, depois perderam para os moto táxis, para as vans, para os clandestinos e agora para os aplicativos. A única solução tem que ser coletiva e não depende do executivo. O que a prefeitura pode fazer é diminuir as taxas e outros valores, mas as categorias tem que se unir com um objetivo em comum: se tornarem competitivas”, afirmou.
Para ele, os profissionais tem que se unir e buscar uma solução com a participação da Câmara para que assim os clientes sejam atraídos novamente. “Caso não haja essa reconquista de mercado, a profissão dos senhores será derrotada pela falta de competitividade”.
Para o presidente a competição é desleal, pois os táxis e mototáxis pagam todos os impostos e tributos e estão competindo com quem não está pagando nada. “Quando não se paga alvará e impostos você tem condições de oferecer um serviço mais barato e não podemos condenar a população por estar buscando saídas para a queda do poder aquisitivo que só aumenta. Sem medo de errar, se essas classes não se mexerem, baixarem valores de corridas e se mantiverem em praças esperando passageiros, eles não virão. O povo não vai. É necessário que se assuma isso”, expôs.
TÁXI LOTAÇÃO - Zé Carlos lembrou que foi aprovada na Câmara uma forma da categoria dos táxis fazerem um rodízio de placas e trabalharem revezando, onde todos poderiam competir e ganhar seu dinheiro de forma justa, mas o prefeito vetou a lei atendendo ao pedido de parte dos próprios taxistas, que não concordaram, por medo de serem passados para trás. A intenção é fazer uma competição de preços e essa é a única saída para disputar com ônibus, vans e aplicativos, não ficando parados em pontos. Moto táxis devem rever seus preços de corridas e colocarem valores competitivos.
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