Conhecido por sua combatividade, capacidade de mobilização e resistência, o Steei (Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino em Imperatriz), depois de 15 anos, perde a sua primeira grande batalha.
A falta de experiência misturada com a intervenção político-partidária do PCdoB e do PT resultou, sem dúvida, no fracasso da greve política do Steei, iniciada em meados de abril de 2013, com a clara pretensão de desmoralizar o prefeito Sebastião Madeira, principal trunfo eleitoral dos candidatáveis ao Palácio dos Leões.
Para alguns entendidos no assunto, o Steei perdeu a batalha quando, depois de uma mexida errada no tabuleiro, permitiu que o oponente decifrasse seu intento e isso aconteceu exatamente no momento em que o sindicato, antes mesmo de iniciar o processo negocial, optou por uma tal “greve de advertência”.
Ora, ora, ora... Quem quer negociar não ataca primeiro. Naquele instante, os negociadores da Prefeitura perceberam que qualquer que fosse o aumento sugerido pelo município, não agradaria o Steei. Ou seja, havia ficado claro que a luta não era classista, mas partidária, tendo como massa de manobra a categoria, ludibriada com a perfídia de um discurso valdomiriano.
O movimento também incorreu em vários outros erros, fundamentalmente porque não tinha uma estratégia para sair da greve, caso o cenário mudasse em favor da Prefeitura. Como se sabe, difícil não é entrar na greve, mas saber como sair da greve...
Atribui-se, ainda, aos derrotados, o fato de a direção do Sindicato haver trocado a experiência do aguerrido professor Nonato, conquistada na peleja sindical do Siproesemma, pelos nascituros aprendizes de “feiticeiro” Carlos Hermes (PCdoB) e Marco Aurélio (PT).
Por fim, os dirigentes do Steei cometeram o maior dos erros da guerra: desrespeitaram e subestimaram oponente.
Assim, terminou, tragicamente, nessa quarta-feira, 15 de maio de 2013, a greve dos dirigentes do Steei, que agora terão uma hercúlea tarefa: superar a derrota política e reverter o desconto de faltas dos professores usados, maldosamente, para inflar o movimento partidário.
Publicado em Política na Edição Nº 14707
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