O Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de João Lisboa, através do seu vice-presidente, Cosmo Rodrigues de Araújo, contesta versão de fazendeiros da Gleba “Cipó Cortado” em matéria veiculada na edição de O PROGRESSO do dia 13 de julho.
Na ocasião, quatro fazendeiros denunciaram ao comandante do 3º BPM, Tenente Coronel Edeilson Carvalho, que estão sendo ameaçados de morte por posseiros e sem terra, os quais teriam dado até prazos para eles saírem da área, sob pena de invasão e mortes. Os fazendeiros denunciaram também que posseiros e sem terra mataram várias cabeças de gado e não deixaram oficiais de justiça cumprirem mandados de prisão e de busca e apreensão na área. E tudo isso com a aquiescência do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de João Lisboa.
Mediante as denúncias, o Sindicato esclarece que: “A área denominada Cipó Cortado vem sendo palco de conflitos desde os anos 70, quando naquela época (1975) foram assassinadas várias famílias, homens, idosos e crianças, e enterrados em covas rasas. Desde então, nunca foi tomada nenhuma providência, apesar de não ser segredo para ninguém. No ano de 2008, a Justiça Federal concedeu ao INCRA a emissão de posse naquela área. Depois de uma análise jurídica, no mês de janeiro de 2009, os trabalhadores entraram para a área. Em fevereiro a outra ‘banda’ da justiça derrubou a emissão de posse com ação rescisória. O INCRA, através de seus procuradores, informou que estava zerada toda a ação. A área Cipó Cortado tem duas partes. Uma ocupada pelo Senhor Ambrosino, mais conhecido por ‘Mineiro’, já falecido, e grande responsável pela venda destas terras da União a fazendeiros. A outra parte é ocupada pelos membros da família Milhomem. Dentro da área ocupada pelo Mineiro, o MST implantou um acampamento e na área ocupada pelos Milhomem há um acampamento organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de João Lisboa. Na área ocupada pelo MST há vários fazendeiros, um deles fala que foi agredido. Neste jornal a matéria afirma que estas agressões foram arquitetadas pelo nosso Sindicato, o que não é verdade, pois o nosso acampamento encontra-se na outra parte da área Cipó Cortado”.
Publicado em Política na Edição Nº 14455
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