São Pedro d’Água Branca - Os funcionários públicos de São Pedro d’Água Branca denunciaram que estão passando por uma situação muito difícil, pois encontram-se há mais de três meses sem receber os seus salários. A saúde está em greve e, com isso, o povo, que já é tão carente, tem sofrido muito.
Segundo informações das servidoras Maria da Glória Nogueira Alves e Elizete Araújo, do Sindisaúde, durante a greve alguns funcionários sofrem represália e ameaça de mudança de setor.
Os professores, por sua vez, não iniciaram as aulas do segundo período letivo do ano de 2012, também por falta de pagamento. Com isso, as crianças também ficam prejudicadas. As aulas são irregulares e as crianças vão embora no intervalo por falta de merenda escolar.
“Muitas famílias estão passando privações por falta de pagamento dos salários vencidos, trabalhados e não pagos”, revelam as integrantes do Sindisaúde.
Elas lembram que estes mesmos funcionários foram demitidos pelo gestor e reintegrados depois de uma briga judicial que durou de janeiro de 2009 até o dia 24 de maio de 2012. “O Judiciário sempre foi favorável aos funcionários, mas o gestor sempre se negou a cumprir as decisões”.
No hospital, existe um banheiro coletivo para homens e mulheres. Elas denunciam ainda que a funcionária que limpa o chão é a mesma que faz o café em uma cozinha também improvisada.
Nessa quinta-feira (22), os funcionários fizeram uma manifestação com caminhada pela cidade mostrando faixas, cartazes, e divulgação em carros de som, convidando a comunidade para aderir ao movimento, pois a greve prejudica toda a população.
“Precisamos de colaboração da imprensa para que o Judiciário se posicione e resolva a situação caótica deste povo, que vem sofrendo há muito tempo”, afirmam, observando que “os vereadores, por sua vez, nada fazem”.
As denunciantes dizem ainda que “foi comprada uma Hilux para a Secretaria de Saúde, a qual nunca foi usada para fins da pasta. Enquanto isso, a funcionária da vacina aproveita uma oportunidade em que a ambulância deixa paciente em Imperatriz para descer em Açailândia, onde passa o dia todo com fome, pois ele não paga diária para atendimento fora do domicílio. Isso quando a ambulância funcionava, porque agora só existe o SAMU para todos os atendimentos”.
Publicado em Política na Edição Nº 14487
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