Durante a sessão temática do Plenário do Senado Federal desta quarta-feira (17) sobre um possível adiamento das eleições municipais de 2020, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) afirmou que seu partido tende a concordar em adiar a data do primeiro turno de 4 de outubro para 15 de novembro, e do segundo turno de 24 de outubro para 29 de novembro ou 6 de dezembro.
Para Izalci, os parlamentares também devem avaliar a possibilidade de aumentar o número de locais de votação para diminuir a concentração de pessoas. Ele também sugeriu que as eleições poderiam ser feitas em dois dias seguidos, sábado e domingo, ao invés de um dia apenas como é tradicional, o que também ajudaria a reduzir aglomerações.
Já o senador Ciro Nogueira (PP-PI) frisou que o adiamento das eleições de 2020 está em debate e que nada foi decidido ainda. Ele afirmou que muitos prefeitos preferem que sejam mantidas as datas atuais, sem adiamento. O senador acha difícil que a maioria dos deputados federais concorde com a prorrogação das datas.
— Sabemos que a Câmara dos Deputados é muito suscetível à opinião dos prefeitos. O Congresso Nacional tem que tomar uma decisão o mais rapidamente possível, se sim ou se não, se vai haver esse adiamento — afirmou Ciro.
Uma das sugestões do senador pelo Piauí é tornar o voto facultativo para pessoas acima de 60 anos, já que os idosos são grupo de risco para a covid-19. Ele também disse achar boa a ideia de aumentar o tempo da votação, começando mais cedo e terminando mais tarde, para evitar aglomerações.
Por sua vez, o senador Jaques Wagner (PT-BA) afirmou que o adiamento para 15 e 29 de novembro é razoável.
— A gente não deve correr o risco de fazer uma eleição em uma situação de absoluta interrogação e podermos ter um quórum baixíssimo nas eleições — concluiu. (Agência Senado)
Comentários