Senador José Sarney fez seu último discurso no Plenário do Senado. Lembrou realizações de seus mandatos, fez várias sugestões para a vida política e social do país e recebeu homenagens de colegas senadores

Elogios, lembranças e palavras de gratidão. Senadores se sucederam em apartes para homenagear José Sarney (PMDB-AP), depois de seu discurso no Plenário na tarde dessa quinta-feira (18). Aos 84 anos, Sarney está deixando a política, depois de três mandatos de senador. Ele também foi deputado federal, governador do Maranhão e presidente da República (1985-1990).

O senador Cícero Lucena (PSDB-PB) elogiou a preocupação de Sarney com um Brasil melhor e disse que ele ainda tem muito a oferecer ao país. Ruben Figueiró (PSDB-MS) afirmou que Sarney é um homem público raro, além de estadista de grande estatura. Figueiró declarou-se um admirador sincero das realizações do colega.
O primeiro-vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), observou que não há ninguém no país com a vivência política de Sarney. Para ele, a vida de Sarney se confunde com a vida política do Brasil.
Na opinião da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), Sarney foi muito importante para a consolidação da democracia no Brasil. Ela manifestou respeito, carinho e consideração pelo colega. Já o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) agradeceu a Sarney por ter transformado Roraima em estado, quando ocupava a Presidência da República.
O senador Romero Jucá (PMDB-RR) disse que “um mestre não para de ensinar”. Jucá se disse “muito grato” a Sarney, a quem chamou de “farol da democracia”.
O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) ressaltou o grande papel que Sarney teve na política ao longo dos anos e destacou sua atuação na transição democrática, ao final do regime militar. Na definição do senador Casildo Maldaner (PMDB-SC), Sarney é a “própria história do Brasil”.
Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) disse que Sarney vai continuar colaborando para que o país “encontre dias melhores”. O senador Antônio Aureliano (PSDB-MG) elogiou o talento do colega tanto para a política como para a literatura, enquanto a senadora Ana Amélia (PP-RS) destacou a tolerância e a capacidade de diálogo de Sarney, lembrando que foi ele quem convocou a Assembleia Nacional Constituinte de 1987.
Legado - Os senadores Ivo Cassol (PP-RO), Jayme Campos (DEM-MT) e Ivonete Dantas (PMDB-RN) também elogiaram a trajetória de vida de Sarney. O senador Anibal Diniz (PT-AC) se declarou “um estagiário” diante de Sarney e disse considerar uma honra ter sido vice-presidente quando o colega ocupava a Presidência do Senado. Anibal Diniz reconheceu a importância do apoio de Sarney aos governos do PT e disse que o colega não deveria arrepender-se do fato de ter voltado à política depois de ter sido presidente da República.
— O senhor deixa um legado inestimável. Parabéns e obrigado por tudo o que fez pelo Parlamento e pela política nacional — afirmou. (Agência Senado)