A secretária de Saúde, Kelly Cristina, diz que falta de recursos pode inviabilizar o funcionamento do hospital

Gil Carvalho

Montes Altos - Discutir a falta de recursos, a proposta de regionalização, aquisição de novos equipamentos e o custeio de verba junto ao governo estadual para manter em funcionamento o Hospital Casa Alívio do Sofrimento, em Montes Altos. Esse foi o objetivo da "Tribuna Popular" realizada nessa sexta-feira (02) com a presença da secretária municipal de Saúde (Semus), Kelly Cristina.
Ela esclareceu aos vereadores e à comunidade montealtense os esforços que estão sendo mantidos pelo prefeito Valdivino Rocha Silva (PV) para manter de portas abertas o único hospital da cidade, porém alertou que, caso não haja apoio imediato do governo estadual, a única alternativa será o fechamento do hospital de 100 leitos.
A secretária municipal de Saúde apresentou, detalhadamente, planilha de gasto mensal do Hospital Casa Alívio do Sofrimento que incluem profissionais de nível [R$ 29.900,00], profissionais de nível superior [R$ 8.800,00], alimentação - podendo variar para mais [R$ 2.000,00]; materiais de limpeza [R$ 2.500,00]; materiais gráficos [R$ 2.000,00 a R$ 3.000,00]; energia elétrica [R$ 4.700,00]; medicamentos [R$ 25.000,00] e serviços de manutenção de ambulâncias [R$ 3.000,00 a R$ 5.000,00].
"Essa despesa mensalmente chega a R$ 78.600,00; sendo que está suspenso o pagamento do aluguel do hospital [R$ 15.000,00/mês] e os plantões clínicos e de especialidades - isso tudo para funcionar de forma precária", disse ela.
Kelly Cristina esclareceu ainda que o hospital está sem médico devido à falta de recursos financeiros para custeio das despesas operacionais e dos plantões médicos, que variam entre R$ 1.700,00 a R$ 2.500,00, respectivamente clínico-geral e de especialidades. "Temos a receber do governo estadual produções referentes de AIHs (Autorização de Internação Hospitalar) e de FPO (Ficha de Programação Orçamentária) desde o mês de novembro/2014", afirma.
Ela fez um apelo ao secretário de Estado da Saúde (SUS), Marcos Pacheco, para que autorize emergencial o pagamento atrasado das produções de FPO, que varia entre R$ 17 mil a R$ 20 mil mês.
"Nós recebemos no dia 30 de julho deste ano o valor de R$ 35.286,00, referente à produção dos meses de janeiro e fevereiro de 2015. De lá pra cá, o município não recebeu mais nada do Governo do Maranhão", conclui.