Secretários e fiscais chegaram junto: colaboração dos comerciantes e ausência de fregueses - Divulgação

Viu-se de tudo um pouco: comerciante que sequer quis abrir sua loja, "porque não tem movimento de fregueses", outros que abriram, mas tiveram que fechar porque não tinham as fitas de isolamento para colocarem na entrada do estabelecimento, e os que abriram acabaram baixando as portas antes do meio da tarde, pela absoluta falta de fregueses.

O primeiro dia do novo decreto que permitiu a abertura dos não essenciais, mas nas modalidades delivery e driving, acabou por provar que o lockdown seria uma medida desproporcional ao tamanho da disposição do imperatrizense de ir às ruas.
"A realidade é que ninguém quer ir às compras; vai por necessidade e sabendo exatamente o que quer comprar. Depois de tantos dias de medidas inflexíveis, poderíamos até esperar uma corrida às lojas, mas não; sobraram portas abertas e faltaram fregueses"- comentou Josias de Queiroz Barros, dono de uma casa de confecções da Sousa Lima.
No começo do horário comercial, os secretários municipais Eduardo Soares, de Governo, e Lenise Siqueira, do Planejamento Urbano, acompanharam o trabalho dos fiscais, de porta em porta. Houve quem não quisesse assinar o termo de compromisso quanto às medidas sanitárias, "até porque nem compensa abrir"- disse um; outros tentaram abrir sem as fitas e foram obrigados a baixarem as portas até providenciarem o material de sinalização, mas a grande maioria dos não essenciais que toparam abrir, cumpriram o regulamento.
Já por volta do meio-dia o movimento era mínimo e às 15h o Calçadão já estava vazio, sem nenhuma loja aberta. "O ato de proibir por proibir, é inócuo. A maioria tem consciência dos riscos e a prova está aí. Ninguém é louco para sair de casa só porque houve um aparente relaxamento"- observou Eduardo Soares.
Ontem, pelo menos duas capitais, Salvador e Palmas, fizeram o mesmo que Imperatriz. No Maranhão, Codó também aderiu à flexibilização com delivery.
O prefeito Assis Ramos voltou a lembrar que a fiscalização estará nas ruas. "Não tenho guardas o suficiente para colocar um em cada loja, mas vamos percorrer a cidade o tempo todo, apesar de ficar muito claro que o povo está consciente e que o comerciante quer colaborar. Estou certo de que, com essas medidas, ganhamos parcerias fundamentais, a dos empresários" - salientou. (Assessoria de Comunicação)