Ação na Justiça Federal assinada pelo assessor de gabinete do deputado estadual Rubens Júnior (PCdoB), Felipe Klamt, tentando paralisar as obras dos hospitais macrorregionais de 100 leitos de internação e 10 de UTI nas cidades de Caxias, Imperatriz, Santa Inês e Pinheiro, foi tema de matéria de O Estado do Maranhão, semana passada.
A matéria relacionava a ação diretamente ao PCdoB, partido de Flávio Dino e Rubens Pereira, aos quais Klamt presta serviços, a Dino como precursor e fotógrafo da ação de pré-campanha chamada de "Diálogos pelo Maranhão, e a Rubens como agregado à sua folha de servidores do gabinete na Assembleia Legislativa.
Ontem, às 10h49, no Twitter, Rubens Júnior se referiu ao caso e se associou à ação de Kalmt ao justificar a tentativa de paralisação das obras dos hospitais a "indícios de corrupção que rondam nosso estado" - escreveu ele, deixando em aberta a possibilidade de dentre os "nós" estar também o líder dele e do fotógrafo, o comunista Flávio Dino.
Caso prospere a ação dos operadores de Flávio Dino, o programa Saúde é Vida vai ficar incompleto, sem os hospitais de alta resolutividade dos grandes polos do Maranhão liderados por Caxias, Imperatriz, Santa Inês e Pinheiro e também vai frustrar as implantações das faculdades de medicina conseguidas pelo governo do Estado para as cidades do interior.
Ontem o deputado estadual Roberto Costa (PMDB) disse que "os indícios de corrupção que rondam nosso estado", citados pelo deputado estadual comunista, "são fortíssimos nas cidades de Matões, onde a mãe dele é prefeita, e Caxias, onde a família Coutinho, sustentáculo da carreira política de Flávio Dino, reina absoluta há nove anos", disse Costa.
Lembra Roberto Costa que já neste ano notícias dando conta de que "a corrupção devora pelo menos 50% dos recursos de Matões, conforme revelam relatórios técnicos do Tribunal de Contas do Estado, TCE, não foram sequer contestadas. E em Caxias, segundo dados também do TSE, o ex-prefeito Humberto Coutinho gastou algo em torno de R$ 20 milhões com fornecedores de equipamentos e matérias hospitalares numa cidade sem nenhuma estrutura de saúde e ainda fez sumir 11 leitos de UTI pediátrica comprados e pagos com dinheiro do Estado", assegurou.
A construção de cada um dos hospitais macrorregionais, com tecnologia de ponta e em nível de resolutividade que só se vê nos maiores centros do Brasil, vai custar ao governo do estado R$ 20 milhões, "o mesmo valor quer se gastou para nada em Caxias", destaca Costa. As quatro obras foram licitadas e os resultados sequer foram objeto de contestação.