Brasília-DF - A deputada Rose de Freitas (PMDB-ES) avaliou como péssimo o resultado das eleições para a presidência da Câmara. Ela, que concorreu ao cargo, obteve apenas 47 votos, enquanto o candidato vencedor, deputado Henrique Eduardo Alves, conseguiu 271 votos. Rose esperava ter obtido em torno de 150 votos.
A candidata derrotada acredita que não teve votos dentro do seu partido e que os deputados peemedebistas foram “enquadrados’. Segundo Rose, os parlamentares tinham hoje dois caminhos: o da continuidade e da mudança. “Faltou aos deputados a determinação de mudar a Câmara”, disse. “O povo brasileiro foi traído”, completou.
A deputada acrescentou que não teme retaliações no partido pela postura de independência assumida. Conforme a parlamentar, ela responde apenas a seus eleitores, que conhecem suas opiniões.
Fisiologismo - O candidato derrotado à presidência da Câmara, deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), disse que a imagem do Legislativo fica prejudicada com a eleição do deputado Henrique Eduardo Alves. “É a vitória do clientelismo e do fisiologismo, que apequenam a política”, declarou.
Alencar referiu-se às denúncias de supostas irregularidades cometidas pelo novo presidente da Câmara, entre elas está a suspeita de que parte das emendas orçamentárias de Alves tenha sido destinada a empresa que tem como sócio um ex-assessor do parlamentar. Outro caso citado é a decisão de primeira instância da Justiça do Rio Grande do Norte que condena o novo presidente por uso de recursos públicos para promoção pessoal. Essa decisão ainda será analisada pelo Tribunal de Justiça do estado.
Henrique Eduardo Alves já negou publicamente todas as acusações.
Sucursal - Alencar afirmou também que a nova Mesa Diretora da Câmara deverá evitar a votação de temas polêmicas nos próximos dois anos. “A tendência desse ‘centrão’ que se formou é não enfrentar grandes questões; assim, o Legislativo segue como apenas uma sucursal do Executivo.” (Agência Câmara)
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