Rosângela Curado diz que ainda não definiu o novo partido

A odontóloga Rosângela Curado, ex-candidata a prefeita, suplente de deputada federal e presidente municipal do PDT, confirmou ontem a O PROGRESSO que, logo após a passagem do carnaval, irá solicitar seu desligamento da sigla. Adiantou que sua decisão não é motivada por mágoas do partido ou do seu comando, assim como permanece amiga do presidente estadual do partido, o deputado federal Weverton Rocha.

“Olha, não tem nada a ver, na política a gente ganha amigos e adversários, e eu ganhei muitos amigos, entre eles Weverton Rocha. Continuo apoiando seu projeto político. Não rompi e não sairei por brigas ou mágoas”, afirmou.
Rosângela, que é pré-candidata a deputada estadual, disse que o que a leva a pedir desligamento do PDT é a concorrência que se firmou dentro da legenda com o projeto do deputado Weverton de disputar o Senado. Isso levou candidatos com mandato e fortes eleitoralmente, o que tornou mais difícil sua eleição pelo PDT.
“O projeto de disputar o Senado pelo PDT fez com que Weverton Rocha tivesse que atrair políticos com e sem mandato para seu lado e para o próprio partido. Além do mais, por estar na coligação com o PCdoB, aumentou ainda mais nomes considerados de peso para as eleições deste ano. Por este motivo é que decidi analisar a situação e no momento certo encaminhar minha filiação a outro partido”, frisou.
Ela adiantou que ainda é cedo para anunciar em qual direção seguirá na campanha estadual. “Hoje continuo no grupo com o governador Flávio Dino, mas ainda é prematura uma decisão sobre a sucessão estadual. Irei analisar atentamente as posições e como disputarão o pleito para então decidir. Tenho tempo, pois filiações irão até o final de março”.
Ao concluir, afirmou que conheceu os seus amigos verdadeiros e sabe em quem poderá confiar. E mais: não irá pedir que as pessoas do seu grupo deixem o PDT para lhe acompanhar. “Farei uma reunião com meu grupo no partido e iremos conversar e explicar a minha decisão, assim como debater a questão do partido, que deverá ser comandado por outra pessoa, talvez um vereador, a partir de março”, finalizou. (Willian Marinho)