Após oito horas de sessão, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, esclareceu na Comissão de Constituição e Justiça do Senado o vazamento das mensagens telefônicas publicadas na imprensa sobre a suposta colaboração dele com procuradores da força-tarefa da operação Lava-Jato, enquanto era juiz federal. Ao menos 40 senadores participaram da sessão, na quarta-feira, 19.
Moro cobrou que o site The Intercept divulgasse a íntegra do material, até para que as mensagens possam ser autenticadas de alguma forma. “Existe um grupo criminoso por trás desses ataques. Quero que o site divulgue a autenticidade. Se eventualmente não quer apresentar a Polícia Federal, que apresente ao Supremo Tribunal Federal para que sejam examinadas”, disse o ministro.
O líder do PSDB, senador Roberto Rocha (MA), diz confiar no trabalho de Sérgio Moro. “Estamos aqui para discutir uma ação criminosa de um sujeito de grampeou celulares de juízes, procuradores e outras autoridades brasileiros, e pior, solta esses vazamentos a conta gota, fora de contexto, criando as próprias versões. Quem pode garantir que não são textos dos próprios hackers?”, questionou o parlamentar.
Em sua resposta, ministro Moro diz estar perplexo com o vazamento das mensagens que, na visão dele, foram hackeadas criminosamente. “Sequer a autenticidade das mensagens foi atestada. Me causa muita surpresa de ter que falar tanto sobre esse tema. Um dos passos importantes é a discussão do projeto anticrime que realmente importa no aprimoramento da legislação do Brasil”, finalizou o ministro Sergio Moro.
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