Primeiro em Imperatriz, depois São Luís e agora, mais ampliada, em Imperatriz novamente: prefeitos e secretários de saúde dos 42 municípios da regional de saúde do municípios voltam a se reunir nesta segunda-feira, às 9 horas, no auditório da Secretaria Municipal de Saúde, com o secretário de Estado da Saúde, Ricardo Murad, para discutir o novo Plano de Pactuação Integrada (PPI), o instrumento legal que, entre outras coisas, norteia a saúde regional, que tem Imperatriz como polo.
A informação é do prefeito Sebastião Madeira, que junto à Associação dos Municípios da Região Tocantina, presidida pela prefeita de Itinga, Vete Botelho, articulou a vinda do secretário a Imperatriz.
O município de Imperatriz é um dos principais interessados nesse encontro face aos graves problemas de financiamento da saúde pelo qual tem passado. Existe um pacto que abre espaço para que a cidade assista com a chamada alta complexidade os municípios da região. Um dos problemas é que o número de procedimentos tem ultrapassado o “teto financeiro”.
“Só no ano passado, o déficit foi de R$ 5 milhões”, informa o médico Irisnaldo Félix, superintendente do Sistema de Regulação da Secretaria de Saúde.
A expectativa do prefeito Madeira é que, a partir dessas reuniões, desses encontros, abra-se espaço para resolver uma situação que ele avalia como insustentável, já que, na medida em que o município passa a bancar a saúde de toda essa região, a população sai prejudicada. “Há muito deixamos de ser um Hospital Municipal e ganhamos conotação regional”, disse o prefeito.
Sebastião Madeira declarou que tem visto muito boa vontade e sensibilidade do secretário Murad para resolver esse problema. “Só o fato de ele vir a Imperatriz para conversar com os prefeitos é um sinal dessa boa vontade e, antecipadamente, agradecemos”.
Na verdade, informa o prefeito, são duas as principais questões enfrentadas pelos municípios da macro de Imperatriz: uma é técnica e outra é política. A técnica reside na necessidade urgente de uma nova PPI, já que o documento é antigo e defasado, uma vez que a população regional aumenta e, consequentemente, o número de procedimentos. No aspecto político, o entendimento unânime de que Imperatriz, por falta de lastro financeiro, não suporta mais a demanda regional e, caso isso prossiga, toda a regional será prejudicada.