Esteve em reunião na manhã de ontem (15), na sede do BNDES no Rio de Janeiro, com o diretor Guilherme Narciso de Lacerda e o com gerente do Departamento de Gestão Pública, Gabriel Filárdiga, o deputado federal Francisco Escórcio (PMDB-MA), acompanhado do líder do PMDB, Eduardo Cunha, e do deputado estadual Hélio Soares.
A reunião foi marcada com intuito de saber sobre o fundo que foi criado na época da privatização da Vale do Rio Doce com relação ao Maranhão. Este fundo começou com R$ 4 milhões e hoje tem valor aproximado de R$ 40 milhões, e é destinado aos municípios onde a ferrovia passa. O fundo foi criado para dar uma compensação aos municípios que são impactados por aquele empreendimento. Mas, passado quase 18 anos, nenhum município desse corredor foi beneficiado.
Por ocasião da reunião, o líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha, foi enfático em mostrar que aquele fundo foi criado para contemplar os municípios e que passado tanto tempo nada foi feito de concreto neste sentido. O deputado se sensibilizou com o que foi colocado na reivindicação do Maranhão durante a reunião.
Eduardo Cunha endossou que o fundo não podia levar tanto tempo para ser transferido aos municípios, tão necessitados. Sugeriu, inclusive, se fosse o caso, mudar a lei para que o mesmo chegasse o mais rápido possível aos municípios atingidos, pois não poderia ficar à disposição do BNDES, rendendo aquilo que, a seu ver, não teria correção se, ao longo desses anos, tivesse sido corrigido com base na valorização das ações da Vale. Hoje não estaria valendo R$ 40 milhões, mas sim R$ 200 milhões.
Com a presença do vice-líder do PMDB à reunião e com a demonstração de força do deputado Chiquinho Escórcio, vice-líder do partido, o assunto passou a ser encarado pela esfera nacional.  O que foi debatido não se reporta somente ao corredor Pará/Maranhão, mas em todos os lugares onde a Vale atuava quando foi privatizada, o que tomou uma proporção maior devido a extensão dos municípios atingidos e desrespeitados com essa burocracia, para não dizer esperteza do BNDES em não cumprir aquilo que foi determinado no edital de privatização da Vale.

Próxima etapa

Ficou acertada, para os próximos 15 dias, uma reunião com todos os municípios que são contemplados com o corredor da Vale para discutir definitivamente como será feito o repasse desta quantia que vai beneficiar sensivelmente os municípios atingidos.
A participação da Assembleia Legislativa do Maranhão, representada pelo deputado Hélio Soares, foi de vital importância. O assunto tomará celeridade diante da reunião, que terá como sede o Maranhão, em local a ser definido pelo deputado Chiquinho Escórcio. Local onde a diretoria do BNDES fará presente o seu corpo técnico para definir tal repasse e as suas condições.