O deputado Raimundo Cutrim (PCdoB) ocupou a tribuna, na manhã dessa quinta-feira (23), para mais uma vez solicitar a reabertura da investigação em torno da morte do jornalista Décio Sá, assassinado a tiros, na noite de 23 de abril de 2012, em São Luís, em um bar localizado na Avenida Litorânea.
“Hoje faz três anos da morte do blogueiro Décio Sá. Foram três anos e eu entrei com uma petição, um ofício junto ao juiz, presidente do júri que está com o processo, para que ele determine a reabertura do caso, mandei também para o promotor de Justiça desse processo, o promotor do caso, eu mandei outro ofício para que seja reaberto este caso”, afirmou Cutrim.
Ele argumentou que, até agora, existem somente dois fatos concretos em relação ao bárbaro crime: um é que o jornalista Décio Sá foi assassinado por um pistoleiro e o outro é que o assassino foi o matador de aluguel Jhonathan de Sousa Silva, autor confesso dos seis disparos de pistola ponto 40, cinco deles fatais, que mataram o jornalista e blogueiro.
“O restante, tudo é disse-me-disse”, frisou Cutrim. Ele lembrou que, em torno deste caso, acabou sendo vítima de uma campanha sórdida do Sistema Mirante de Comunicação, que tentou envolver seu nome na trama deste crime.
“O governo passado, através do Sistema Mirante, fez uma campanha no sentido de me destruir, dizendo que o Cutrim tinha mandado matar o Décio Sá. Depois, este deputado virou grileiro, e isso tudo com a conivência da procuradora geral de Justiça. Então, com relação à grilagem, eu ganhei aqui, e ganhei no Supremo Tribunal Federal e na área cível eu ganhei também. Então, se concluiu que tudo era uma armação, era uma montagem”, assinalou o deputado.
Ele acrescentou que a armação dos que tentaram envolvê-lo no crime ainda precisa ser esclarecida. Por conta disto, Cutrim fez um pedido à Justiça Estadual, ao Ministério Público e também ao Ministro da Justiça, para que a Polícia Federal assuma a investigação deste crime.
“A Polícia Civil daqui não tem condições profissionais de reabrir este caso, porque foi feito um trabalho viciado, comprometedor. Aqueles delegados que eu estou cansado de citar o nome, se tem outros envolvidos eu não sei, mas eles não têm condições profissionais nem morais de reabrir este caso. Então, bom seria que, através do ministro da Justiça, viesse uma equipe da Polícia Federal de fora e procurasse esclarecer todo este fato. Então, são fatos ainda que a sociedade, até hoje, não sabe quem realmente mandou matar o Décio Sá. Então, só se tem a certeza de quem matou e quem morreu”, ressaltou Cutrim.