Quatro indígenas foram detidos na tarde de ontem (16), horas depois de protestarem em uma das entradas do Congresso Nacional. Eles estão no Departamento de Polícia Especializada (DPE), em Brasília. A informação foi confirmada pela procuradora da Fundação Nacional do Índio (Funai), Fátima Sibelli, que está na DPE.
"Nós estamos acompanhando a situação. Já tivemos acesso a eles, mas ainda não tivemos a oportunidade de conversar de forma mais prolongada com o delegado", explicou Fátima. A procuradora afirmou que os indígenas ainda não haviam sido ouvidos pela autoridade policial.
Segundo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), os índios estavam se dirigindo ao Ministério da Justiça quando foram detidos. O secretário executivo do Cimi, Cléber Buzatto, informou que a assessoria jurídica da entidade conversou com os índios na delegacia e que eles relataram ameaças e violência no momento em que foram detidos pela Polícia Militar.
De acordo com Buzatto, os índios são acusados de ferir policiais e seguranças, quando protestavam contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215, que transfere para o Congresso Nacional o papel de demarcar os territórios indígenas.
De manhã, a entrada deles no Parlamento foi impedida por policiais militares, o que acabou gerando confronto. Os policiais usaram spray de pimenta e, segundo a Polícia Legislativa, um dos índios lançou uma flecha que atingiu o pé de um servidor do Ministério Público. A Agência Brasil procurou representantes da Delegacia de Polícia Especializada, mas ninguém está se manifestando sobre o assunto. A entrada da imprensa na DPE também não foi permitida. (Agência Brasil)
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