O presidente nacional do PT, Rui Falcão, anunciou nessa sexta-feira (4), após reunião extraordinária da Executiva Nacional do partido, em São Paulo (SP), que o senador Delcídio do Amaral será suspendo das atividades do partido por 60 dias.
A decisão, segundo o dirigente, foi unânime. Com isso, será aplicado o artigo 246 do Estatuto do PT, que considera as ações do senador “passíveis de expulsão”. Entretanto, como a decisão sobre expulsão é do Diretório Nacional, os integrantes da Executiva decidiram pela suspensão da filiação de Delcídio do Amaral.
O senador também perderá a função de líder do PT no Senado, mesmo que seja solto pela Polícia Federal nesse período. “É a aplicação estrita do Estatuto”, reforçou Rui Falcão.
O dirigente ressaltou que o comportamento do senador, preso no último dia 25 de novembro, acusado de tentar obstruir das investigações da Operação Lava Jato, “não representam a opinião do partido”. Portanto, Delcídio do Amaral “deveria ser punido e foi”. “E o processo disciplinar que poderá culminar, no Diretório Nacional, inclusive com expulsão”, completou.
Impeachment - Sobre o pedido de impeachment autorizado contra a presidenta Dilma Rousseff, na quarta-feira (2), pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Rui Falcão disse que o partido está empenhado na articulação para barrar o processo.
Segundo ele, o governo e parlamentares do PT querem que o assunto seja resolvido “rapidamente”, com a redução, se preciso, do recesso parlamentar.
“A nossa disposição e a do governo também, pelo que eu soube, é de resolver isso rapidamente. Agora, os mecanismos para prolongar a atividade parlamentar não dependem de nós. A nossa opinião é de que deve ser resolvido rapidamente. Se for necessário, reduzir o tamanho do recesso”, afirmou.
Rui Faltou lembrou também que o programa nacional do PT vai ao ar no dia 15 de janeiro e que a data, nas atuais circunstâncias, é “privilegiada”.
Comentários