O presidente Jair Bolsonaro disse que os problemas burocráticos e de governança desestimulam os cidadãos a entrar na carreira política e a disputar cargos eletivos no Executivo. “O que leva ao desestímulo da carreira política, no caso o Executivo, são problemas que advém depois do mandato. Vejo colegas que de boa fé exerceram seus mandatos, mas não por devido zelo e, muitas vezes, por desconhecimento se veem enrolados com a Justiça e alguns levam 10, 15 até 20 anos para voltar a ter paz”, disse.

Bolsonaro participou, nesta quinta-feira (28), do 3º Fórum Nacional de Controle, organizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Também estiveram presentes o procurador-geral da República, Augusto Aras, e o vice-presidente da República, Hamilton Mourão. O evento acontece até amanhã (29), no Instituto Serzedello Corrêa, em Brasília.
Coordenado pelo ministro do TCU Augusto Nardes, o fórum tem o objetivo de integrar as instituições de controle externo e interno da União, estados e municípios, das três esferas de poder, por meio de ações de capacitação e controle; elaboração de minutas de legislação sobre governança; compartilhamento de informações; e da disseminação de boas práticas de governança entre os entes federados.
Para o presidente Bolsonaro, o TCU é um dos órgãos mais importantes para a governança e integridade da máquina pública. “Eu encaro o que se faz aqui, essa reunião, essa busca de uniformizar procedimentos, como aliado nosso, nós temos que encarar isso tudo como pessoas de bem, com conhecimento de que a administração pública não é fácil. Todo dia são dezenas de novas normas, novas recomendações, que é praticamente impossível tomar pé de tudo e poder governar dessa maneira”, disse.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, destacou a importância desse diálogo interinstitucional e permanente entre os órgãos de fiscalização e controle para melhorar a gestão pública. “Esta é a grande novidade que nós promovemos, seja no Ministério Público brasileiro, seja como visto aqui, a vontade presente nos órgão que participam desse evento compreende a beleza e a importância desse dialogo interinstitucional como única forma de sobrevivência da democracia, pujante, sem temer as tensões permanentes que lhe são inerentes”, disse. (Agência Brasil)