O presidente do Senado, Eunício Oliveira, voltou a defender nessa terça-feira (6) que os “privilégios têm que ser retirados não só da Previdência”. Ele declarou, ao chegar ao Senado, que quem destrói a Previdência e as instituições são os privilégios. Ele afirmou que é preciso acabar com eles em todos os lugares, inclusive no Senado, se houver. Eunício ressaltou que a Casa deu o exemplo no ano passado ao devolver mais de 20% do orçamento à União.
— Aqui ninguém ganha acima do teto e já é muito ganhar no teto. Devolvemos o recurso para o Tesouro para ser aplicado nas áreas que mais precisam — afirmou.
Eunício explicou ainda que o Senado não pode ser cobrado a votar a Reforma da Previdência com rapidez, pois a matéria está na Câmara há um ano e dois meses.
— Difícil é convencer os senadores que [a matéria] chegue aqui de manhã e seja aprovada no mesmo dia sem discussão. Não posso tirar o direito legítimo dos senadores de discutir, debater e emendar. Não quero patrocinar esse tipo de comportamento. Matéria da Previdência não é matéria da Câmara. É das duas Casas e será votada separadamente — garantiu.
Auxílio-moradia
Perguntado sobre a possibilidade de colocar em votação a proposta que acaba com o auxílio-moradia nos três Poderes (PEC 41/2017), do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Eunício disse que “obedece aos mandamentos dos líderes”.
— Não tenho dificuldade de pautar qualquer matéria que esteja tramitando no Senado. Se os líderes encaminharem essa matéria, posso pautar. O Plenário é soberano — disse.
Segurança pública
Eunício esclareceu ainda que a pauta da segurança pública é uma questão do país, do Acre ao Rio Grande do Sul. Ele afirmou que esse assunto tem que ser destravado no Congresso Nacional.
— As pautas corporativas têm muito lobby e pressão aqui. Já as [matérias] de interesse da sociedade não têm muita gente aqui pressionando. É nosso papel ouvir as ruas e trazer a pauta para o Congresso — declarou o presidente do Senado.
Em relação à pauta de microeconomia, Eunício lembrou que ela não é nova e que o Senado está dando continuidade às discussões e votações iniciadas no ano passado. Os projetos que tratam da agenda microeconômica estão na Ordem do Dia do Plenário do Senado e “não é por conta de ser ano eleitoral, mas é um compromisso com a sociedade”, argumentou. (Agência Senado)
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