Identificar e debater estratégias a serem adotadas por setores da economia nacional, para levar o Brasil à posição de país desenvolvido até 2035. Estes foram alguns dos objetivos da Conferência Visão 2035: Brasil Desenvolvido, realizada nessa terça-feira (20) no auditório do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.
O presidente do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc), Felipe de Holanda, participou do evento representando o Governo do Maranhão, ao lado de Geraldo Carvalho e Maciel Junior, representantes da Secretaria Extraordinária de Programas Especiais (Sepe).
A conferência visou identificar e debater estratégias a serem adotadas por setores da economia nacional, com o objetivo de levar o Brasil à posição de país desenvolvido até 2035. O evento apresentou os resultados do workshop técnico setorial que tratou do mesmo tema, realizado no início do mês, e que reuniu 145 representantes de mais de 60 instituições.
Na abertura do evento, Felipe de Holanda chamou a atenção para a piora dos desequilíbrios regionais, com destaque para a compressão do financiamento público. Sobre o cenário regional, o presidente do Imesc destacou a dramática reversão do processo de convergência da renda per capita, ocorrida durante a crise recessiva de 2014-2017.
“Nós, de fato, vivemos um processo de convergência de renda per capita na primeira década do século, quando estavam alinhadas as políticas regionais explícitas, setoriais e, com muito destaque, a política social. Mas, desde 2012, a questão regional brasileira voltou a deteriorar rapidamente, com o surgimento de cerca de 900 mil novos extremamente pobres apenas nos estados do Nordeste e do Norte. Regiões que foram extremamente prejudicadas pela recessão”, comentou Felipe de Holanda.
O presidente do Imesc abordou ainda o tema dos investimentos públicos. “Se nós pegarmos o investimento público e formação de capital fixo, que chegou a 4% do PIB, na média, em 2009 e 2010, nesses últimos três anos, a recessão caiu para 2% do PIB. No caso dos repasses do BNDES, houve uma contração de 70%, se considerada a mesma base de comparação. Por esta razão tornou-se prioritário para estas regiões discutir a construção de um novo padrão de financiamento para os investimentos em infraestrutura, para políticas de combate à insegurança climática e também para os investimentos em melhora das capacidades governativas”.(Secap)
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