Foragida há 39 dias, quando a Polícia Federal desencadeou a Operação Éden, a prefeita afastada de Bom Jardim, Lidiane Leite, entregou-se ontem pela manhã. Ela foi para a sede da Superintendência Regional do órgão, onde prestaria depoimento antes de ser encaminhada para o quartel do Corpo de Bombeiros.
Lidiane é acusada de desvios que chegam à casa dos R$ 15 milhões só em recursos da educação. As negociações para a apresentação da acusada começaram no fim de semana, depois de o juiz federal Magno Linhares, da 2ª Vara da Justiça Federal no Maranhão decidir apreciar um pedido de habeas corpus protocolado pela defesa dela apenas depois de a gestora se entregar.
Lidiane Leite se apresentou acompanhada de seus advogados. A prefeita aproveitou a ‘oportunidade’ que recebeu do juiz da 2ª Vara do Tribunal Regional Federal (TRF), José Magno Linhares, que havia estipulado prazo de 72 horas para que pudesse se entregar e, em seguida, ele analisaria o seu pedido de revogação da prisão.
O advogado de defesa, Sérgio Muniz, disse que a prefeita não saiu da cidade. “A Lidiane sempre esteve em Bom Jardim, que é o oitavo maior município do Maranhão, e que, por isso, não precisava estar dentro da prefeitura para gerir o município. Um dia antes da decisão do seu afastamento pela Justiça, ela realizou o pagamento de servidores municipais e fornecedores”, afirmou.
O delegado Ronildo Lajes, que é o responsável pelo inquérito, confirmou que Lidiane estava foragida e descartou que ela estivesse escondida todo esse tempo no município de Bom Jardim.
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