Em entrevista ao Telejornal “Maranhão Acontece”, apresentado por Bianka Nogueira, veiculado pela TV Guará, durante sua visita a São Luís para integrar a comitiva do pré-candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro, em São Luís, na noite de quarta-feira (13), o advogado Antônio Torres, delegado regional do Partido Social Liberal (PSL), confirmou que, no Maranhão, a legenda tem candidatura própria ao Governo do Estado. A pré-candidata ao Governo do Maranhão é a ex-prefeita de Lago da Pedra, Maura Jorge, que, visando consolidar seu projeto em direção ao Palácio dos Leões, tem visitado as várias regiões maranhenses, mantendo encontros com autoridades e lideranças classistas.
Interrogado por quais motivos o PSL decidiu, nessas eleições, entrar com candidatura própria apresentando Maura Jorge, Antônio Torres respondeu que, na política, existe dinamismo. Ou seja, o PSL de hoje não é o mesmo de outrora. O partido deixou de ser uma “legenda sem musculatura para ter, atualmente, um nome de expressão nacional, um candidatável com reais condições de chegar à Presidência [da República]. Segundo ele, tal crescimento acaba “atraindo as atenções”.
Antônio Torres respondeu que o fato de o PSL ter candidatura própria, atualmente ao Governo do Estado, está relacionado diretamente com o crescimento do nome de Jair Bolsonaro ao cargo de presidente do país.
Pode explicar os motivos pelo nome de Maura Jorge?
Antônio Torres – O PSL, hoje em dia, quer escrever uma página diferente na história da política maranhense. Maura Jorge não é daqueles políticos que estão aí, com habitualidades, figuras carimbadas etc. Ela tem um trabalho prestado no Maranhão. É uma advogada e ex-gestora pública, enquadra-se perfeitamente no novo PSL. Então, foi por tais aspectos que se chegou ao consenso em relação ao seu nome para participar da corrida sucessória estadual. Trata-se, portanto, de uma excelente candidatura. Nós temos uma série de situações que permitem, hoje, Maura Jorge ser a escolhida para representar o partido e, claro, não só representar, ser candidata exitosa.
O senhor fala sobre o PSL assumir um protagonismo, uma musculatura própria. Assim que o nome foi anunciado, sugiram especulações que
Maura Jorge seria uma alternativa do Grupo Sarney. O que tem a falar, a propósito, sobre o assunto?
Antônio Torres – Nunca impediremos que pessoas falem sobre isso ou aquilo. Verdade: Maura Jorge é uma candidata independente, mas uma candidata comprometida com o partido, com o Maranhão e com o Brasil. Naturalmente, que outros partidos já tenham seus pré-candidatos ao governo maranhense. Entretanto, o PSL, antes do surgimento do fator Jair Bolsonaro, pensava em não ter candidatura ao Governo do Estado, mas como eu disse: o dinamismo político e a chegada desse fato novo fizeram com que a legenda entendesse perfeitamente ter condições de fazer o Governo do Maranhão. E partido político, como sabemos, não pode deixar passar em branco as oportunidades que surgem, como essa. Foi buscar nomes no Estado. Maura Jorge se encaixa perfeitamente. Maura Jorge não está a serviço desse ou daquele grupo, mas do partido, de uma proposta nova para gerir o Maranhão.
Em termos de Maranhão, como estão as conversas objetivando parcerias com outros partidos?
Antônio Torres – Existem conversas, sim, mas nada de concreto. Ainda não firmamos alianças, mas o fato é que, se o PSL entender de sair sozinho, não tem nenhum problema, mesmo que não tenhamos tempo de televisão suficiente, participaremos da disputa pelo governo estadual. Temos outros meios de passar as mensagens, mas existem, sim, as conversações com partidos.
Ressalte-se: partidos até menores do que o PSL. O interessante é assumir o protagonismo. Hoje, estamos em conversas com dois e/ou três partidos, mas nada de consolidado. Estou adiantando tal informação. Se acontecer, ótimo, pois uma candidatura mais abrangente será melhor. Caso contrário, o PSL está pronto para participar da disputa sozinho. Sozinho, corrijo, com o povo. Saindo vencedor.
Sobre as pesquisas divulgadas no Maranhão, quais os comentários?
Antônio Torres – Temos de observar os objetivos delas. Sabemos que tem pesquisas que estão a serviço desse ou daquele candidato. O importante, nesse momento, é entender a rejeição. As pesquisas possuem várias leituras. É preciso que a gente faça leitura correta delas. O resultado não significa dizer que o pré-candidato ainda esteja com visibilidade suficiente para obter um índice maior, que a candidatura é descartável.
No caso específico de Maura Jorge, agora que o “jogo” vai começar, pois ela veio recentemente para o PSL, não tem ainda uma dimensão em nível estadual do crescimento de seu nome em relação aos de outros candidatos. A vinda de Jair Bolsonaro ao Maranhão resultará no crescimento do nome de Maura Jorge. (Raimundo Primeiro)
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