Brasília-DF – O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), protocolou ontem (7) na Procuradoria-Geral da República (PGR) pedido de abertura de inquérito para investigar denúncias de pagamento de propina no Ministério do Trabalho. De acordo com reportagem publicada pela revista Veja desta semana, assessores do ministro Carlos Lupi extorquiam dinheiro de organizações não governamentais (ONGs) conveniadas ao ministério.
No domingo, o jornal O Globo também publicou reportagem com novas denúncias de irregularidades em convênios do ministério com ONGs.
A representação do PPS cita o ministro, Carlos Lupi; o ex-assessor especial do ministério e deputado federal Weverton Rocha (PDT-MA); o coordenador-geral de Qualificação do ministério, Anderson dos Santos; e o ex-chefe de gabinete de Lupi Marcelo Panella. No fim de semana, após as denúncias da revista Veja, Lupi afastou Anderson Santos do cargo.
“Não está claro, contudo, qual é a extensão do real comprometimento do senhor Carlos Roberto Lupi em todo esse esquema. Todavia, diante da importância dos assessores envolvidos nas acusações, tudo leva a crer que é verossímil a possibilidade de que haja um comprometimento do ministro do Trabalho com a suposta cobrança de propinas”, diz trecho da representação do PPS encaminhada à PGR.
De acordo com o partido, caso confirmadas, as denúncias implicam três crimes contra a administração pública: peculato (receber vantagens devido ao cargo), concussão (exigir para si ou para outro vantagem fazendo uso do cargo) e corrupção passiva. (Agência Brasil)
Publicado em Política na Edição Nº 14246
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