Policiais federais na mobilização de ontem na DPF-Imperatriz

Dema de Oliveira

Os agentes, escrivães e papiloscopistas da Delegacia de Polícia Federal (DPF) em Imperatriz realizaram, nessa terça-feira (11), paralisação de 24 horas. Os policiais da DPF Imperatriz aderiram à mobilização nacional.
De acordo com informações da agente Adriana Nitão, a mobilização não afetou os serviços básicos oferecidos à população, pois 50% do efetivo continuaram trabalhando e garantindo o patamar mínimo de 30%, o que não interferiu nos serviços oferecidos à população.
Segundo Adriana Nitão, sindicalista da classe, o quadro de servidores, a valorização da carreira e a reformulação da PEC-51 são as principais reivindicações. “Desde 2006 estamos reivindicando melhorias no salário e valorização da carreira. A PEC-51 é uma forma de tirar a burocracia dos processos e deixar as investigações mais rápidas”, ressalta. E esclarece que a PF tomava iniciativa nas investigações antes da greve. “Nós, policiais da base, que alimentamos os inquéritos policias, não estamos mais correndo atrás. Fazemos o que o patrão manda”.
A mobilização vai se intensificar ao longo do ano. “Serviços emergenciais não vão ser interrompidos”, declarou. Entre eles, estão as investigações complexas, a escolta de presos e o serviço de imigração.
Os agentes federais reclamam do descaso do Ministério da Justiça, que não reconhece as funções complexas hoje exercidas pelos agentes federais em inteligência, análise criminal, fiscalização, Interpol e perícia de impressões digitais. Apesar do nível acadêmico exigido para o ingresso em todos os cargos policiais desde 1996, eles ainda são tratados como servidores de nível médio.
Adriana Nitão informou a O PROGRESSO que uma nova paralisação de advertência está prevista para acontecer no dia 26 de fevereiro, ocasião em que os policiais federais terão o apoio total da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Na oportunidade, a PF e a PRF realizarão panfletagem no Posto da Polícia Rodoviária Federal, na Lagoa Verde.