Ontem a Polícia Federal divulgou um balanço da “Operação Pegadores”, realizada nessa quinta-feira, considerada a 5ª fase da Operação Sermão aos Peixes, no interesse do Inquérito Policial através do qual se apura os indícios de desvios de recursos públicos federais, que estariam ocorrendo por meio de fraudes na contratação e pagamento de pessoal, no curso dos Contratos de Gestão e Termos de Parceria firmados pelo Governo do Estado do Maranhão com entidades do denominado terceiro setor.
Conforme a nota da PF, de 17 mandados de prisão temporária foram cumpridos 13 mandados no dia de anteontem (16), sendo 09 em São Luís, 01 em Coroatá e 03 em Imperatriz. Destes, após autorização da Justiça Federal, por motivo de saúde foi colocado em liberdade Benedito Silva Carvalho.
A Polícia Federal também informou que ontem (17) se apresentou o ex-prefeito de Amarante, Miguel Marconi Duailibe Gomes, que era alvo de um dos mandados de prisão. Dos presos, 4 são servidores ou ex-servidores da Secretaria de Estado da Saúde.
O comunicado informava que ainda se encontravam foragidos Paulo Guilherme Silva Curado, Antônio Augusto da Silva Aragão e Péricles Silva Filho. Mas no final da tarde surgiu a informação de que Paulo Curado havia se apresentado.
Durante a “Operação Pegadores” foram apreendidos cinco veículos (02 SW4 , 01 Blaze, 01 Hilux e 01 Corolla), documentação, além de 3.758 dólares em cumprimento de mandados de busca e apreensão.
Além disso, foi determinado o bloqueio judicial e sequestro de bens num valor total que supera a cifra de R$ 18.000.000,00 (dezoito milhões de reais).
As prisões foram determinadas em desfavor de servidores públicos vinculados à Secretaria de Estado da Saúde, diretores, tesoureiros e administradores das Organizações Sociais, além de empresários vinculados às empresas de fachada e envolvidos no pagamento de propina a servidores públicos.
Os delitos investigados correspondem aos crimes de peculato, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Durante as investigações conduzidas na denominada Operação Sermão aos Peixes, a partir de um Inquérito Policial instaurado em julho de 2015, foram coletados diversos indícios de que servidores públicos, que exerciam funções de comando na Secretaria de Estado da Saúde no ano de 2015, montaram um esquema de desvio de verbas e fraudes na contratação e pagamento de pessoal.
Os beneficiários do esquema eram pessoas indicadas por agentes políticos: familiares, correligionários de partidos políticos, namoradas e companheiras de gestores públicos e de diretores das organizações sociais.
Foram encontrados indícios da existência de cerca de 400 (quatrocentas) pessoas que teriam sido incluídas indevidamente nas folhas de pagamentos dos hospitais estaduais, sem que prestassem qualquer tipo de serviços às unidades hospitalares.
Acusados que tiveram prisão decretada
Antônio José Matos Nogueira
Chisleane Gomes Marques
Mariano de Castro Silva
Luiz Marques Barbosa Júnior
Rosângela Aparecida da Silva Barros (Rosângela Curado)
Antonio Augusto Silva Aragão
Benedito Silva Carvalho
Flávia Geórgia Borges Gomes
Ideide Lopes de Azevedo Silva
Marcus Eduardo Alves Batista
Miguel Marconi Duailibe Gomes
Osias de Oliveira Santos Filho
Paulo Guilherme Silva Curado
Péricles Silva Filho
Valdeney Francisco Saraiva
Warlei Alves do Nascimento
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