Movimentos sociais fizeram manifestação em defesa da democracia e contra o impeachment da presidenta Dilma

Por determinação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a Polícia Federal investiga a apreensão de armas e a prisão de um manifestante que estava em acampamento instalado em frente ao Congresso Nacional, que pede o impeachment da presidente Dilma Rousseff. As informações são da Folha de S.Paulo.

Um homem foi preso na noite de quinta-feira, após serem encontradas diversas armas brancas e uma arma de fogo em seu carro. Apesar de o caso estar sob a responsabilidade da Polícia Militar do Distrito Federal, Cardozo atendeu ao pedido do líder do PT na Câmara, Siba Machado (AC), e também envolveu a PF na investigação.
“O ministro determinou que a PF tome as providências cabíveis para averiguação do ocorrido, e aguarda informações de providências adotadas”, informou a assessoria do ministério ao jornal.
O deputado petista divulgou nota de repúdio em nome da bancada da Câmara. Nela, ele pede a retirada dos manifestantes pró-impeachment do gramado do Esplanada dos Ministérios. “Manifesto o mais veemente repúdio às movimentações de segmentos refratários à democracia que atentam contra a normalidade constitucional ao tentarem interromper a qualquer custo o mandato da presidente Dilma Rousseff”.
Ele ainda lembrou o presidente do Congresso, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do ato assinado em 2001 que tomba a área, o que proíbe qualquer instalação no gramado. “Façam cumprir a resolução que proíbe acampamentos no grama à frente da sede do Legislativo”.
O preso - A identidade do homem detido não foi revelada. A informação divulgada é de que ele é sargento reformado da PM do Distrito Federal. Ele estava acampado junto a manifestantes que pregam a volta da intervenção militar no país. Em seu carro, continha uma arma de fogo, diversos sprays de pimenta e objetos perfurantes utilizados para abrir coco.
Segundo a Folha, um dos líderes do movimento, que se identifica como Dom Werneck, afirmou que foram eles próprios que chamaram a polícia. “O nosso movimento é família, cristão, pacífico, não apoiamos esse tipo de atitude”, afirmou. Ele também disse que o homem dizia que iria matar Dilma Rousseff e jogar uma bomba no Congresso Nacional. (Congresso em Foco)