Eliziane diz que seu posicionamento a favor do processo é devido ao crime de responsabilidade cometido pela presidente Dilma

Pelo meu Maranhão e pela minha gente, eu digo sim. Desta forma, a deputada federal Eliziane Gama posicionou-se na manhã desse sábado (16) durante a sessão de análise do impeachment no Plenário da Câmara dos Deputados.
Eliziane esclareceu que o seu posicionamento a favor do processo é devido ao crime de responsabilidade cometido pela presidente Dilma e que levou o país ao caos econômico. Ela lembrou que o ministro Eduardo Cardozo afirmou à comissão que o governo cumpriu metas, porém a informação não é verdadeira. “O governo entrou com recurso e fez com que o TCU suspendesse decisão de parecer final. Um crime não deixa de ser crime porque o criminoso apresenta recurso”, enfatizou.
Na avaliação da maranhense, o governo federal desrespeitou a inteligência do povo e agiu com a tática de menosprezar a Lei de Responsabilidade Fiscal para ganhar a eleição, e isto trouxe de volta a inflação e a crise econômica.
“Foram manobras ardilosas que decidiram o processo eleitoral. A burla sistemática da situação do tesouro nacional foi para ter conforto para gastar em ano eleitoral. Agora os bancos públicos estão vulneráveis e o país mergulhado na maior recessão dos últimos 20 anos”, relatou.
Para a deputada, o governo federal está com o mesmo discurso usado na campanha eleitoral de ameaça e que outro governo cortaria programas sociais, mas lembrou que o atual governo é que está cortando os programas desde 2014.
“A população pobre do país está sendo atingida com as ações deste governo. Quero dizer que golpe é o que o governo fez atacando a CLT, atacando as comunidades tradicionais [...] Golpe é ganhar a eleição em cima de promessas e durante a execução fazer o inverso do que prometeu”, afirmou.
Gama também alertou para as responsabilidades do Congresso Nacional e para o dia após a decisão sobre o impeachment. “Precisamos de uma união que possa atender aos requisitos dos limites, principalmente para que a Lava Jato não seja negociada como moeda de troca”, reforçou.
Eliziane concluiu o discurso destacando que, mesmo com a maior votação proporcional no Maranhão, o governo federal abandonou projetos importantes para o estado.
“Eu voto sim em nome do meu Estado do Maranhão, em nome de Belágua, que deu 94% dos votos para a presidente, mas ainda vive da subsistência de farinha. Em nome do meu Maranhão que sonhou com a refinaria e que foi um engodo. Que sonhou com a duplicação da BR-135 e que o governo suspendeu de forma impiedosa. Que é um dos estados mais ricos naturalmente, o Maranhão dos Lençóis e das cachoeiras que têm potencial extraordinário. Como diz o poema de Marina: ‘Do arco que empurra a flecha, quero a força que a dispara’. E em nome da força do meu Maranhão, da força da minha gente, eu digo sim”, concluiu.