"É chegada a hora de impor limites, cobrar responsabilidade e exigir do ministro Gilmar Ferreira Mendes, integrante da mais alta Corte de Justiça do Brasil, que exerça suas funções com respeito à Constituição da República, às Leis e aos rígidos padrões éticos e morais que pautam o agir, profissional e pessoal, do magistrado nacional". Com essa síntese, o jurista Modesto Carvalhosa protocolou nessa quinta-feira (12) um pedido de impeachment do ministro do STF - Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes.
O pedido que assinado juntamente com os advogados Luís Carlos Crema e Laercio Laurelli, acusa o ministro de dar habeas corpus a "bandidos e corruptos".
Durante entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, Carvalhosa declarou que o "STF não pode ser lugar para habeas corpus de bandidos e corruptos", complementando que atualmente existem ministros "relaxadores de prisão" no Supremo, "soltando todo mundo".
"Se verifica que há um grupo de quatro ministros relaxadores de prisão. Marco Aurélio Mello, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Esses são verdadeiros homologadores de crimes. Crimes de corrupção são crime contra a humanidade e eles vão soltando todo mundo", disse.
Para o advogado, seu pedido de impeachment se consolida em fatos reais: "Ligações dele com pessoas que estão sendo processadas, telefonemas com investigados e condenados, visitas dele ao presidente Temer, que é investigado. Ligações com Aécio Neves", citou. " Deveria esse impeachment ser estudado para ver o que tem de prova contra ele. Tem todo fundamento legal. Demonstra as ligações de Gilmar Mendes com esse pessoal todo que ele acaba soltando", ressaltou.
Depois de protocolado, o pedido deverá ser encaminhado ao Senado Federal, que irá decidir se recebe ou não o requerimento. A decisão que pode resultar no impeachment de Mendes caberá ao presidente da casa, senador Eunício Oliveira (MDB).
Quando questionado a esse respeito, se o presidente daquela Casa, receberia o pedido de impeachment, o jurista Modesto Carvalhosa disse que reviravoltas são possíveis de acontecer. "Acontecimentos políticos têm reviravolta muito grande. Então, pode ser que na próxima legislatura haja a possibilidade com uma pessoa decente. Se o pedido vai ou não dar certo, a responsabilidade é do presidente do Senado"
O jurista Modesto Cavalhosa encerrou afirmando que o povo apoia essa medida e que as atitudes do ministro são incompatíveis com o decoro.
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