Brasília-DF - Em reunião, nessa quarta-feira (8), com todos os partidos da base de apoio ao Executivo no Congresso, o novo coordenador político do governo, o vice-presidente da República, Michel Temer, sugeriu e todos concordaram em assinar um documento no qual se comprometem a apoiar as medidas de ajuste fiscal com eventuais melhorias que serão negociadas.
No documento, intitulado "Acordo pelo reequilíbrio macroeconômico para a retomada do crescimento", os líderes da base afirmam que apoiam o esforço pelo equilíbrio fiscal porque ele significará uma transição para um novo ciclo de desenvolvimento econômico e social.
A ideia, de acordo com o documento, é "promover o equilíbrio das contas públicas para trazer a inflação para o centro da meta, de forma a proporcionar tranquilidade aos trabalhadores e estimular a confiança necessária para o investimento".
Barrar novos gastos
Segundo Temer, também será necessário barrar propostas que aumentem gastos. "Portanto, nada que importe despesa ou redução de receitas seria neste momento examinado. E todos assinaram, sem nenhum problema", ressaltou o vice-presidente.
O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), afirmou, porém, que o espaço de negociação está aberto em torno das medidas fiscais. "Nunca se votou uma medida provisória tal como ela saiu do Palácio. Isso faz parte do jogo democrático de diálogo no Congresso", observou. "Se der, até com a oposição, mesmo a oposição se negando ao diálogo em nome do País, nós estamos dialogando com todo mundo. Nós queremos votar o ajuste como uma sinalização do Congresso e não só do governo".
Nessa quarta-feira, o IBGE divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 12 meses, fechados em março, já atingiu 8,13%, bem acima da meta de 4,5% para 2015.
Comentários