Hemerson Pinto
“Para muitos, ela está sepultada”, disse o vereador Carlos Hermes sobre a CPI da Caema. O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito aberta para investigar a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão, arquivada pouco tempo depois pela mesma Câmara que aprovou a abertura, não acredita na ‘morte’ da CPI, muito menos que seja necessário um milagre para reativá-la.
A esperança do vereador está no mandado de segurança, arma dos membros da Comissão, expedido ontem como forma de garantir o retorno dos trabalhos da CPI, que busca encontrar provas que apontem o que provoca as falhas no abastecimento de água e na manutenção da rede de esgotos da segunda maior cidade do Maranhão.
Se não funcionar, não há com o que se preocupar, com base no discurso do vereador durante a sessão de ontem. “Se não der certo, faremos a CPI Popular, com a sociedade civil organizada”, mostrando que no debate político, a esperança também é a última que morre. Carlos Hermes ainda sugeriu: “Não podemos ficar esperando uma promessa de poços artesianos. De promessa o povo está cansado”.
O presidente da CPI da Caema voltou a comentar que acompanha os casos de falta de água nos bairros de Imperatriz e afirma que “se hoje temos o anúncio dos poços artesianos foi por causa da CPI”. Em seguida, reforça: “Não vai ser tão simples derrubar a CPI, ela tem base, tem fundamento, e resistiremos até o último minuto”.
Palavra do relator – Aurélio Gomes, vereador e relator da CPI da Caema, duvidou que a população também assinasse o documento enviado para o vereador José Carlos por servidores da empresa, em agradecimento pelos esforços a favor da Companhia. Interrompido pelo vereador Richard, que pediu que o petista mudasse de tema na Tribuna, Aurélio respondeu: “Respeito sua posição, gostaria que você respeitasse a minha”. Firme no discurso, desta vez Aurélio preferiu não conceder a fala ao vereador Enoc Serafim, após pedido do mesmo. Antes de encerrar a fala, o legislador citou bairros de Imperatriz onde as pessoas tomam água de poços cavados e calçadas. “A CPI vai entrar para a história”, reacendendo o debate.
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