O vereador presidente da Câmara Municipal de Imperatriz, Hamilton Miranda (PSD), disse ontem em entrevista à imprensa, logo após a primeira sessão ordinária da semana, que a "saúde pública no Brasil está quebrada" e que a prova são as inúmeras matérias veiculadas quase todos os dias nos veículos de comunicação do País e que isso ocorre porque o Governo Federal há muito deixou de priorizar esse setor.

O tema da saúde predominou na sessão dessa terça-feira. Em entrevista à imprensa, o parlamentar reiterou que, apesar das dificuldades, em Imperatriz a gestão do prefeito Madeira, a duras penas, mantém o sistema de saúde em funcionamento, diferente de muitos municípios onde os gestores praticamente jogaram a toalha.
"Aqui a coisa funciona! Quem precisa, pode até demorar, mas é atendido", disse o vereador, ressaltando que em Imperatriz o sistema opera porque o financiamento é completado com parte dos recursos que o município  consegue arrecadar e graças à capacidade de gestão da secretária de Saúde, Conceição Madeira.
Na mesma entrevista, o vereador lembrou que quem é bem atendido não procura a imprensa para agradecer, nem deve, uma vez que a gestão cumpre com sua obrigação; agora, basta uma demora, uma questão pontual qualquer, para "cair uma banda do mundo. Mostre-me um hospital no Brasil que não tenha fila?", questionou.
Hamilton Miranda analisou como uma espécie de tentativa de intervenção o fato de alguns de seus colegas proporem a demissão da direção do Hospital Municipal.   Recorrendo a uma figura de linguagem, ele disse que o "Poder Legislativo não pode intervir junto ao Poder Judiciário, pois cada um precisa desempenhar o seu papel. Se acontecer isso, daqui a pouco estaremos assistindo ao Poder Judiciário interferindo nos poderes Legislativo e Executivo".
Para o vereador, se houver essa "intervenção", o Judiciário poderá solicitar explicações sobre os projetos de leis que ainda não foram votados e os vereadores questionar os motivos que os processos não estão sendo julgados. "Quem está no cargo do Executivo possui a prerrogativa de admitir ou exonerar. Não estou aqui exercendo a função de líder do Governo, mas esclarecendo os fatos", frisou.
Com o objetivo de pacificar o debate, Hamilton  propôs ao vereador Raimundo Roma, membro da Mesa Diretora, que obtivesse maiores informações sobre o funcionamento do setor da saúde pública junto à secretária Conceição Madeira.
Entende o parlamentar que existem muitas pessoas colocando culpa na secretária por conta dos problemas enfrentados hoje pelo sistema de saúde de Imperatriz, "o que não é o seu caso, vereador Roma; bem como no diretor administrativo do Hospital Municipal de Imperatriz (HMI), o Socorrão", disse.
Para ele, "a intenção dos críticos talvez seja pegar o 'mais fraco', pois lembra que o diretor-administrativo é filho de um motorista, pai de família [com filho deficiente] e pessoa de confiança da secretária de Saúde, Conceição Madeira. O setor da saúde vai bem em Imperatriz, apesar das dificuldades enfrentadas pelos municípios, ao contrário de muitas outras cidades brasileiras, que temos assistido na televisão reportagens sobre o colapso nessa área", compara.
O vereador-presidente ressalta que durante o período de campanha eleitoral os temais mais discutidos foram saúde e educação, onde lembra que foram disponibilizados R$ 29 milhões no orçamento da saúde para custear despesas operacionais. "Já imaginaram se não tivesse colocado mais recursos para o setor da saúde de Imperatriz?", questionou.
"Nós vereadores estamos cumprindo com o nosso papel; talvez quem não esteja cumprindo com o seu papel sejam os vereadores da oposição, pois sairei dessa Casa de Leis de cabeça erguida", concluiu. (Maria Almeida - Ascom)