Hemerson Pinto
Uma pergunta difícil de responder não será respondida aqui, mas esperamos despertar o interesse dos leitores para debates sobre o tema, já que estamos a apenas cinco meses de mais um pleito eleitoral. Desta vez, o país precisa apontar nas urnas nomes que deverão ocupar (ou continuar ocupando) os cargos de presidente da república, governadores, deputados estaduais e federais, além de senadores.
Promessas, propostas, movimentações dos partidos no período chamado de pré-campanhas, no corre corre pela formação das coligações. São os grupos políticos unindo forças, montando estratégias para atingir o objetivo: chegar ao poder. E nesse poder, primar em buscar soluções para a melhoria de vida do povo brasileiro, consequentemente ao desenvolvimento do país. Outra opção é usar o mesmo poder em benefício próprio.
No segundo caso vemos a compra de votos, promessas sem fundamentos, propostas que jamais sairão do papel. O voto, atestado de confiança do trabalhador em alguém que garante retribuir com obras ou ações em prol dos que votaram, quando ‘estiver lá’, é jogado fora. Assim também pode ser a credibilidade de cada pessoa que busca uma vaga nas assembleias legislativas, na Câmara dos Deputados, no Senado e na cadeira de presidente. Sem falar das prefeituras e câmara de vereadores (daqui a dois anos).
O PROGRESSO conversou com apenas cinco pessoas. Os entrevistados foram barradas na rua para responder sobre um assunto que, na maioria das vezes, incomoda.
“É chato falar sobre isso, pois é um tema no qual as pessoas não têm mais fé, não acreditam mais. Muita gente vota porque é obrigado, precisa do comprovante para algumas obrigações. Hoje nosso cenário nos apresenta rostos conhecidos, que sempre disputam, que sempre são eleitos. Quando não, apontam alguém que nada mais é do que uma pessoa do grupo, que já tinha tudo articulado. Não dá pra acreditar nos políticos. Na política sim, se correta, se honesta, se não virar politicagem”, opina a estudante do 3º ano de uma escola da rede particular de ensino, Ana Beatriz.
Pensamento relacionado tem o vendedor de lanches Antônio José. “Gosto de assisti TV pra ver o que o governo mostra nas propagandas. Depois tento comparar com o que vemos. Não é a mesma coisa. Eu tenho só o ‘1º grau’ (Ensino Fundamental), mas sei que tem alguma coisa que não está batendo. Pode ter políticos honestos, mas fica difícil pra gente acreditar”, declara.
Nas abordagens aleatórias, feitas no centro da cidade, ainda encontramos a gerente comercial Ana Lúcia, que disse confiar nos políticos brasileiros. “Basta apenas a gente entender como é esse processo e saber até onde vai o tal poder de cada político, qual a função de cada um dos cargos. Claro que existem ‘ovelhas podres’ no rebanho, mas se analisarmos corretamente, vamos encontrar bons nomes, com certeza”.
O auxiliar de escritório Paulo Sousa disse que uma maneira de acreditar em políticos é procurar conhecer o dia a dia de um deles. “Você pesquisa sobre um político e vai encontrar o nome dele relacionado a ações, que podem ser boas ou não. É possível ir sabendo o que diz cada um, como contribui, assim vamos tirando conclusões”.
Por último, o aposentado José de Ribamar define: “Político que a gente pode acreditar é aquele que nunca foi candidato a nada”, sorri, ao responder nosso questionamento.
Importante é o eleitor lembrar que corrupção, palavra que vem rápido na cabeça quando se fala em política, vem da politicagem. Política mesmo está relacionada à defesa da cidadania e dos direitos de cada cidadão. E você: acredita em políticos?
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