O Núcleo Especializado em Defesa da Saúde (Nusa) da Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO) vê com preocupação a exoneração de mais de 600 médicos que atuavam na rede pública de saúde estadual. Coordenador do Nusa, o defensor público Arthur Luiz Pádua Marques procurou o governo do Estado, por meio de contato com os titulares das Secretarias Estaduais da Saúde e Casa Civil, e solicitou a anulação do ato que determinou as exonerações, tendo em vista que problemas para o atendimento já estão sendo identificados no maior hospital público do Tocantins, o Hospital Geral de Palmas (HGP).
A informação recebida pelo Nusa é que, após a exoneração dos médicos, apenas um profissional está atendendo no setor de ortopedia do HGP, o que claramente não atende as necessidades do setor, implicando na suspensão de diversas cirurgias, e que, na neurologia, existem problemas em se fechar a escala. O Nusa ressalta que todos os pacientes internados com cirurgias agendadas para esta semana terão prejuízos.
O contato do Núcleo da DPE-TO com o governo do Estado foi feito nessa sexta-feira, 4, na tentativa de solucionar o problema sem a necessidade de judicializar o caso. O Nusa aguarda uma resposta rápida do governo sobre o retorno das escalas, que considera imprescindíveis para o funcionamento das especialidades e a manutenção dos pacientes assistidos, evitando assim uma judicialização do caso.
Conforme o defensor público, a adequação no número de profissionais que atuam no Estado deve ser feita de forma planejada e ordenada a fim de garantir o fluxo dos atendimentos. (Cléo Oliveira / Ascom DPE-TO)
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