Em entrevista às rádios Educadora e Timbira nesta sexta-feira (21), o candidato a reitor na consulta prévia da Universidade Federal do Maranhão para construção da lista tríplice, Natalino Salgado, citou a conexão política com a bancada maranhense como um fator determinante para enfrentar o contingenciamento de recursos.
“Vamos trabalhar com transparência, articulado com os órgãos de controle para colaborar com o processo de gestão. É o que faz uma gestão pública eficiente e moderna. Temos que aprender fazer muito com pouco”, apontou o candidato que citou falhas em competência da gestão atual, como o desperdício em reparação de aparelhos em consequência do sistema elétrico obsoleto.
Natalino Salgado disse ainda que é preciso buscar recursos junto a Capes, Fapema e outros fundos, além de buscar apoio da classe política para destravar recursos. “É necessário liberar recursos de emendas parlamentares e dos órgãos do governo. Fiz isso nas minhas gestões anteriores. Temos também que descentralizar os recursos para cada unidade acadêmica.
O candidato realçou o trabalho realizado para tornar a UFMA multicampi. “Quando iniciei minha gestão a universidade tinha apenas dois centros, em Imperatriz e Chapadinha. Criamos o campus em Pinheiro com os cursos de medicina e engenharia de pesca, licenciatura em humanas, naturais, educação física e enfermagem. Tem mais cinco campi que necessitam de autonomia. Sentando na cadeira de reitor convocarei eleições gerais para transformá-los em centros para defender os interesses da comunidade”, afirmou.
Natalino Salgado reafirmou que o pleito de retornar à direção da instituição de ensino responde a uma solicitação de um coletivo denominado Pacto pela UFMA, criado em 2018, com participação de lideranças de vários cursos, representantes sindicais e alunos. Diagnóstico elaborado pelo grupo apontou os gargalos administrativos, a defasagem dos sistemas e as características perdulárias da atual administração.
“Além de perdulária, a atual administração tem pouca transparência, com isso atrapalha a vida acadêmica de maneira geral. A autonomia do sistema, desde o coordenador até o aluno, é limitada. Temos grandes competência dentro da universidade que deixam de ser utilizadas. Gestão pública é também descobrir talento que muitas das vezes está a seu lado sem utilização. Isso vem acontecendo”, destacou Natalino.
De acordo com o candidato, somente com energia a universidade desembolsa R$ 1 milhão mensalmente, um desperdício que pode ser contido com planejamento e modernização da gestão. Comparativamente, o contingenciamento da UFMA representa um percentual reduzido diante das despesas com apenas um segmento. Pelo país, universidade vêm montando usinas fotovoltaicas que refletem em percentuais significativos na conta de energia.
Para o candidato, a redução de custos passa pela adoção de um sistema mais ágil e transparente. Citou o Sistema Eletrônico de Informação - SEI, implantado em algumas das universidades brasileiras, como exemplo de avanço. Além de melhorar o custo, eliminando papel, o sistema permite maior interação com os órgãos de controle. (Assessoria)
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