A deputada estadual Valéria Macedo (PDT) lembrou, em pronunciamento na sessão dessa terça-feira (1º), a comemoração do Dia Mundial de Luta contra a Aids. A parlamentar disse que o objetivo é conscientizar a população sobre uma das doenças que mais mata no mundo.
Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES), desde o início da epidemia da AIDS, em 1985, até dezembro de 2014, foram notificados no Maranhão 13.331 casos da doença, sendo 62,4% sexo masculino (8.325 casos) e 37,6% do sexo feminino (5.006 casos). Dos 217 municípios que compõem o Estado, 214 já apresentaram pelo menos um caso notificado de AIDS. No ano de 2015, até o mês de outubro, foram notificados 481.
Valéria lembrou que a Aids vem infectando pessoas não mais apenas nas grandes cidades, mas também nas regiões rurais, e também não afeta apenas chamados grupos de riscos. Citou também que os municípios com maior número de casos de 1985 a 2014 foram São Luís e Imperatriz, com 5.405 e 1.130, respectivamente. São José de Ribamar (448), Timon (441) e Caxias (436) seguem as estatísticas pelo interior do estado.
“Esses dados revelam apenas os casos notificados, mas sabe-se que a subnotificação no estado ainda é alta, especialmente em decorrências da fragilidade dos sistemas de vigilância epidemiológica dos municípios e da própria fragilidade do SUS no estado”, disse.
A deputada lembrou ainda os avanços obtidos no combate e na prevenção da Aids. Segunda ela, as inúmeras campanhas educativas foram feitas de maneira responsável, o que levou a uma conscientização maior sobre a doença. Além disso, afirmou que os avanços nos tratamentos têm possibilitado uma expectativa de vida maior nos pacientes infectados, mas que é preciso fazer mais.
“Diante desses dados, o que se pode fazer é, primeiro, continuar cuidando das pessoas infectadas, e nisso o país no SUS tem um ótimo programa com méritos internacionais, inclusive fornecimento dos medicamentos de forma gratuita. Depois é preciso uma política do Estado brasileiro e aqui no Maranhão no sentido de buscar as populações não diagnosticadas com o vírus, pois como se viu o número de pessoas acometidas é elevadíssimo e elas próprias nem o SUS sabem, o que torna muito complicado o tratamento”, afirmou Valéria.
Ações
A deputada finalizou o pronunciamento falando que as ações de prevenção e contenção da doença devem ser intensificadas em todos os 217 municípios do estado.
“Ações de informação para o uso habitual de preservativos em todas as relações sexuais, sobre DSTs, além de campanhas de conscientização, mobilizações com população vulnerável. Diagnóstico precoce, pela testagem rápida, aumenta a perspectiva de vida e reduz a morbimortalidade. Oficinas de formação de multiplicadores adolescentes e jovens. Sensibilização de profissionais de Educação e Saúde para trabalhar com adolescentes e jovens. Oficinas de Testagem Rápida de HIV, Sífilis e Hepatites B e C para profissionais de saúde, em todas as regionais de saúde”, finalizou Valéria Macedo. (Assessoria)
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