Integrantes do MST e de outros movimentos sociais fazem ato público em apoio ao registro da candidatura de Lula

No último dia do prazo de registro dos candidatos às eleições de outubro, cerca de 10 mil integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), número estimado pela Polícia Militar, se reuniram em frente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para defender a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se encontra preso em Curitiba, à Presidência da República. O grupo saiu em marcha por volta das 14h30 do acampamento montado na área do estádio Mané Garrincha, em direção ao tribunal, que fica na área central de Brasília.

A passeata passou pela Esplanada dos Ministérios e tumultuou o trânsito na região central durante a tarde, mas não houve intercorrência grave, segundo a PM. Em frente ao TSE, o grupo promove ato político para pressionar o tribunal a não enquadrar Lula na Lei da Ficha Limpa - que torna inelegível condenados em segunda instância -, e autorizar que ele participe das eleições deste ano.
Os manifestantes argumentaram, em seus discursos, que a prisão de Lula é injusta e contraria a vontade popular.
Dividida em três colunas, a chamada Marcha Nacional Lula Livre teve início na última sexta-feira (10) e chegou à capital federal na segunda-feira (13). Os três grupos foram formados por militantes de vários estados do país e saíram de pontos diferentes no entorno do DF, percorrendo cerca de 150 quilômetros até o centro de Brasília.
Também participaram da marcha parlamentares de partidos de esquerda e integrantes de outros movimentos sociais como Via Campesina, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e o Levante Popular, além de sete militantes que estão em greve de fome desde 31 de julho. (Agência Brasil)