Representantes de movimentos sociais, partidos políticos e sindicatos estarão nas ruas em defesa da democracia brasileira, às 16 horas desta quarta-feira (16). O ato acontece nas proximidades da Praça de Fátima e faz parte da mobilização nacional contra o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff que, para as instituições à frente do movimento, representa a manobra de uma minoria para atender a interesses próprios e imperialistas.
Eles defendem, ainda, que as articulações da direita caracterizam um golpe e contrariam a uma série de conquistas históricas na esfera social e política. “A população brasileira teve acesso, nos últimos anos, a direitos que lhe foram negados durante décadas, como o da educação e o da moradia. Agora, uma minoria quer revogar, a todo custo, esses avanços. Mas a população brasileira não vai permitir. Vamos às ruas para defender a democracia”, avaliou o vereador Aurélio Gomes (PT).
O vereador Adonilson Lima (PCdoB) defendeu que o ambiente democrático é algo importante para o desenvolvimento do país. “A democracia é o melhor bem do povo brasileiro. Não se pode, por disputa e por interesses políticos, colocar essa democracia em uma relação que ela possa ser derrubada. A manutenção do ambiente democrático é fundamental para retomar o desenvolvimento do país. Portanto, devemos lutar pela permanência da democracia no Brasil”.
Outro argumento do movimento é que o presidente da Câmara dos Deputados e um dos principais articuladores do golpe, Eduardo Cunha, está inserido em graves acusações de corrupção, como sonegação de impostos, em 2004; falsificação de pareceres do Ministério Público que levaram ao arquivamento do processo que apurava fraudes em contratos da Companhia de Habitação de Estado do Rio de Janeiro, entre 1999 e 2000 – época em que ele era presidente; abuso de poder econômico, em 2007, e envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras.
Além disso, Cunha apoiou pautas que ferem aos direitos das mulheres, dos homoafetivos, dos trabalhadores - por meio da PL da terceirização e defendeu a proposta de redução da maioridade penal. “Cunha defendeu as pautas mais conservadoras dos últimos tempos, que atingem direitos importantes da maior parte da população brasileira e agora, por meio de manobras, quer ferir aos princípios democráticos, desmoralizando a escolha de 54 milhões de brasileiros que votaram na presidenta”, disse o coordenador regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma), André Santos.
Já o presidente do Diretório do Partido dos Trabalhadores de Imperatriz, Jorge Antonio Silva, ressaltou a importância da participação popular no ato. “Precisamos manifestar nosso repúdio ao golpe liderado por Eduardo Cunha e pela direita elitista revoltada com as conquistas sociais do povo brasileiro e que não aceita que o povo tenha acesso a casa própria, faculdade, Mais Médicos, alimentação com Bolsa Família, aeroportos e outros espaços que os poderosos sempre negaram ao nosso povo. Vamos todos defender o país de oportunistas e golpistas de plantão que querem voltar a concentrar a riqueza na mão de poucos”, finalizou.
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