Manifestação realizada em Imperatriz na tarde de ontem

Movimentos Sindicais, Sociais e Partidos Políticos realizaram, ontem, na Praça de Fátima, um ato em Defesa da Democracia e da legitimidade do governo da presidenta Dilma Rousseff. O ato fez parte das mobilizações nacionais contrárias  ao processo de impeachment, que para as instituições à frente do movimento, é uma tentativa de golpe.

Os organizadores acreditam que depois de 1964 - quando foi instaurado o Golpe Militar e o pais viveu uma ditadura por 21 anos - talvez seja esse um dos momentos mais delicados da história política no Brasil. “Está sendo um conduzido um processo de golpe. E eu sou contra porque o país já passou por uma experiência semelhante a essa e os resultados foram catastróficos. Isso, seria, no momento que a gente vive hoje, com as diversas conquistas no âmbito da democracia e dos direitos sociais, isso seria um retrocesso dos maiores. Precisamos fortalecer a nossa democracia, que ainda é frágil”, avalia o professor Paulo Maciel.
O professor acrescentou que inconformada com os avanços sociais, uma minoria elitista, quer, de todas as formas, desmoralizar um dos maiores símbolos da democracia brasileira: o voto, promovendo um golpe chamado de impeachment. Nos últimos anos o Brasil teve conquistas significativas. O salário mínimo teve aumentos nunca vistos antes, os empregados domésticos passaram a ter 13º salário e até 2014, mais de 1,5 milhão de jovens tiveram acesso à universidade graças ao Prouni. Segundo estudo feito pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o pais melhorou o índice de desenvolvimento humano (IDH) e alcançou a casa dos 0,744 pontos, em uma escala que vai de zero até um, superando a média da América Latina. 
Para o presidente do diretório do Partido dos Trabalhadores de Imperatriz, Jorge Silva, são esses avanços dos menos favorecidas que incomodam as classes mais privilegiadas. “A articulação do golpe, liderada por um grupo conservador, contraria a essas e mais a uma série de conquistas históricas. Somos contra a qualquer indício que vá contra a democracia, uma conquista do povo, que custou suor e sangue de muitos brasileiros.  Não há nada, um crime se quer, contra a presidenta Dilma Rousseff para justificar a ações desesperadas da direita corrupta”, defendeu. Ele afirma ainda que “para promover o golpe para desestabilizar o atual governo, e utilizada a manipulação tendenciosa de instituições jurídicas e midiáticas”.