O vice-presidente Hamilton Mourão e o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzon

O texto da reforma da Previdência que está sendo costurado pelo governo passará pelo crivo do presidente Jair Bolsonaro e deve ser encaminhado ao Congresso Nacional até a segunda quinzena deste mês. A informação foi dada pelo vice-presidente Hamilton Mourão que, na manhã de ontem (5), coordenou a quinta reunião do Conselho de Governo, que tem se reunido periodicamente no Palácio do Planalto.

“Temos que aguardar a alta dele, que pode ser no fim de semana ou início da semana que vem. Acredito que até a segunda quinzena [a proposta] deve ser enviada ao Congresso”, disse.
O assunto, que tem sido tratado como prioridade pelo Executivo para ajuste das contas, foi tema também do encontro dos 22 ministros. Segundo Mourão, detalhes como idade mínima não foram tratados e serão decididos por Bolsonaro, que está internado em São Paulo, após cirurgia para retirada de uma bolsa de colostomia.
Mourão antecipou que o ministro da Secretaria de Governo, Santos Cruz, está preparando um plano de comunicação para apresentar a proposta mais claramente à população. O vice-presidente descartou a realização de uma pesquisa sobre os tópicos incluídos no texto. “Às vezes, as pessoas não têm todos os dados do que é melhor para o país como um todo”, explicou.
As visitas ao presidente Jair Bolsonaro foram adiadas a pedido da família, mas Mourão acredita que qualquer decisão imediata poderá ser tomada pelo próprio presidente e que não será necessário assumir temporariamente a cadeira máxima do Executivo por ora.
Brumadinho - Hamilton Mourão acrescentou que o conselho de ministros conversou também sobre o término das operações de buscas em Brumadinho, Minas Gerais, após o rompimento da barragem de rejeitos da Mina Córrego do Feijão. “Nos preocupa e a todas as famílias”, lamentou o vice-presidente..
Para Mourão, o governo está concentrado agora em implementar as medidas anunciadas que abrangem o monitoramento e reavaliação da situação de todas as barragens do país para evitar novos desastres. “Implementar o que foi decidido, senão ficamos no terreno das boas intenções, que foi o que aconteceu em governos anteriores”, acrescentou. (Agência Brasil)