Vencido por um câncer, morreu na manhã de ontem o ex-vereador Delfino Alves. Combalido, morreu em casa, onde recebia cuidados da família.

Delfino foi vereador de Imperatriz nos idos da administração Fiquene (83/88), cerrando fileiras com ele os ex-vereadores Edison Caldeira, Preta, José Veiga, Adhemar Freitas, entre outros. Na Câmara, Delfino era da base do então prefeito, de quem foi aliado até o final da gestão.
Delfino era do tipo que deixou o mandato, mas não largou a política. Em tempo de eleição, quando ainda tinha saúde e disposição, era sempre procurado por políticos da capital, bem como locais, interessados no seu prestígio.
Até quando podia, era um frequentador assíduo das reuniões da Câmara, onde matava a saudade da casa e dos amigos. Sua marca era o bom humor.
Morador do bairro Bacuri, rua Coriolano Milhomem, 1182, entre Henrique de La Rocque e Alvorada, era protagonista de uma das maiores manifestações culturais do bairro: a festa de Reis, que ele tinha prazer de organizar.
O prefeito Madeira, ao tomar conhecimento da morte do ex-parlamentar, lamentou. Para ele, Delfino foi vereador num período de transição da cidade para o que ela é hoje. "Ao seu modo, do seu jeito, o Delfino deixou seu legado na história do parlamento municipal. Meus sentimentos à família enlutada".
O gosto pela política foi herdado por parte dos filhos de Delfino. Claumir Leal é professor universitário e militante do PT, Jhonson Leal é filiado ao PCdoB e assessor do secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, Bira do Pindaré, e a funcionária pública Francineide optou pela política sindical.