Na cerimônia de transmissão de cargo do Comando da Marinha ontem (9), o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, ressaltou que a reforma da Previdência deve avaliar regras diferenciadas para militares. A solenidade, no Clube Naval de Brasília, contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro, que chegou ao local a bordo da lancha Amazônia. Seguindo o protocolo, o presidente não discursou.
Azevedo mencionou a reforma da Previdência ao se despedir do ex-comandante, o almirante de esquadra Eduardo Bacellar Ferreira, que passou o comando para o também almirante de esquadra Ilques Barbosa Junior.
“[Ferreira] foi incansável no esforço de comunicar as peculiaridades da nossa função”, disse Azevedo e Silva. Segundo o ministro, o esforço garantiu avançar para um adequado amparo social aos militares das Forças Armadas e seus dependentes.
O ministro da Defesa destacou também a trajetória do militar, lembrando os 48 anos “de extrema dedicação e serviços prestados”.
Desde a posse, Bolsonaro cumpriu pelo menos quatro agendas militares, entre almoços e solenidades. Na sexta-feira (11), ele participa da transmissão de comando do Exército. Ao longo de sua campanha, Bolsonaro se comprometeu, em diversas declarações, a prestigiar e dar visibilidade às atividades das Forças Armadas.
Soberania - Depois da salva de 19 tiros, o almirante Ilques Barbosa Junior ressaltou que a dinâmica das relações internacionais estabeleceu um “tempo de guerra e paz” que exige a união de esforços de todas as Forças Armadas e da sociedade.
“Em tempos de guerra e paz, é imperiosa uma rigorosa prontidão dos sistemas de defesa que envolvem tanto as Forças Armadas como os demais segmentos da sociedade brasileira de modo a ser alcançado o contínuo fortalecimento de todas as vertentes da soberania nacional”, disse.
O almirante lembrou que a Marinha é força fundamental na defesa das riquezas do país e lembrou a diversidade da Amazônia Azul, os espaços oceânicos de onde são retirados 85% do petróleo e 75% do gás natural e por onde é transmitida praticamente toda a comunicação do país por cabos submarinos.
“Devemos estar sempre pontos a atuar em defesa dos interesses da nossa pátria nos espaços pantaneiros, amazônicos”, disse o almirante, informando que entre suas prioridades estão programas estratégicos como o desenvolvimento de submarinos e a construção do núcleo de navios-patrulha. (Agência Brasil)
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