SÃO LUÍS - O Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE) e o Programa Brasil Mais Produtivo foram lançados pelo ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, em São Luís, nesta sexta-feira (22/07), na sede da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA). Para o representante da pasta, as ferramentas são estratégicas e visam capacitar empresas para o mercado internacional e aprimorar o processo produtivo das empresas, respectivamente. O anfitrião do evento, Edilson Baldez das Neves, presidente da FIEMA, e o governador Flávio Dino realizaram o lançamento junto com o ministro.
A cidade de São Luís é a segunda do país a receber a apresentação do Programa Brasil Mais Produtivo, que vai beneficiar empresas do segmento moveleiro na capital e, excepcionalmente, em Imperatriz, na melhoria do processo produtivo. O objetivo é aumentar em pelo menos 20% a produtividade das participantes.
“Inicialmente, o programa atenderia um município, mas no caso do Maranhão, verificou-se que Imperatriz tem uma grande concentração de empresas do setor moveleiro, por isso ampliamos nossa atuação para além da capital”, informou o ministro Marcos Pereira. No total, o Brasil Mais Produtivo vai atender, em todo o país, três mil pequenas e médias indústrias brasileiras dos setores de alimentos e bebidas, vestuário e calçados, metalomecânico e moveleiro. Podem participar do programa, indústrias manufatureiras de pequeno e médio porte, que tenham entre 11 e 200 empregados.
Na oportunidade, o presidente da FIEMA entregou ao representante da pasta, uma correspondência com reivindicações dos empresários do Maranhão sobre temas que afetam o desenvolvimento do setor industrial do Estado, as quais, de pronto, o ministro firmou o compromisso de avaliar. “São indicações de ações convergentes em relação ao desenvolvimento do Maranhão e do Brasil, algumas das quais na área de atuação do próprio MDIC; outras, no âmbito de outros Ministérios, que afetam a operação e a competitividade da indústria”, destacou Baldez.
COMÉRCIO EXTERIOR - O ministro também lançou o Plano Nacional da Cultura Exportadora que quer aumentar as exportações de produtos e serviços do Estado. Segundo Pereira, o MDIC mapeou mais de duas mil empresas maranhenses de diversos setores econômicos, como produtos alimentícios, minerais, vestuário, entre outros, que poderão se beneficiar das ações do plano. As empresas participantes contarão com ferramentas de treinamento, capacitação, consultoria para adequação de produtos e identificação de mercados.
No Maranhão, o programa conta com o apoio de parceiros nacionais e estaduais, como a FIEMA, Secretaria de Indústria e Comércio (Seinc); Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-MA); Associação Comercial do Maranhão (ACM); Banco do Brasil, entre outros.
Ainda no âmbito do PNCE, a FIEMA já vem desenvolvendo ações de comércio exterior por meio do Centro Internacional de Negócios – CIN, que englobam desde agenda de capacitações, desenvolvimento de estudos de inteligência comercial, missões empresariais a encontros de negócios com países parceiros.
No ano de 2015, promoveu encontros de negócios em parceria com a Apex-Brasil que movimentaram R$ 89 milhões em volume de negócios entre empresas maranhenses e estrangeiras. Já em 2016, mais de 120 empresas participaram de encontro de negócios com a Câmara de Indústria e Comércio Brasil-China, capacitações empresariais sobre Planejamento Estratégico das Exportações e técnicas de Como Fazer Negócios com a China. Para o segundo semestre estão previstas capacitações em Marketing Internacional e outra de Como Se Preparar Para o Mercado Internacional, além de dois encontros de negócios. O primeiro já está agendado para o dia 22 de setembro com a Turquia
O governador do Maranhão, Flávio Dino, destacou a parceria com a iniciativa privada maranhense e se comprometeu em apoiar as inciativas apresentadas pelo MDIC, que, de acordo com ele, convergem com os entendimentos que governo estadual e as entidades empresariais mantem no Maranhão para o desenvolvimento do Estado. “O PNCE é importante e coerente para o nosso estado que precisa incluir novos fornecedores e diversificar a pauta de exportação, ainda muito focada em produtos como a alumina, ferro, grãos e agora a celulose. Assim como o Brasil Mais Produtivo, que vai aumentar a produtividade do setor moveleiro e desestimular a exploração clandestina da madeira no Maranhão”, afirmou.
Comentários