Waldemar Ter / Agência Assembleia

São Luís- O deputado Manoel Ribeiro (PTB) explicou, na sessão desta quinta-feira (19), notícia divulgada pelo jornal O Globo e TV Mirante sobre o próprio patrimônio e o aumento de verba parlamentar. Ele contou que foi surpreendido ao sair do plenário, por uma repórter da Mirante, que queria saber se seria justo um aumento de 30 por cento nos salários dos deputados.
O parlamentar do PTB explicou que informou à repórter desconhecer o assunto, porque andou adoentado, mas foi questionado se ainda não tinha lido o Diário da Assembleia Legislativa.
Manoel Ribeiro criticou também O Globo e ironizou a informação desencontrada publicada pelo jornal. “O Globo colocou que eu teria seis imóveis. Eu não tenho seis imóveis, tenho dezoito. Então vocês mentiram. E refrisei: Só tenho uma mulher!”, contou.
Ribeiro lembrou que em pronunciamento recente disse que, na época da revolução, a imprensa não era tão livre como é agora, graças ao Parlamento, mas muitos dizem que ele seria do AI-5. Contou que foi parlamentar na época da revolução militar e que no dia da sua posse foram cassados cinco vereadores no Rio Grande do Sul.
Garantiu que não pertenceu à revolução, mas desde a década de 70 foi vereador. “Eu permaneci parlamentar na época da revolução, inclusive quando veio uma ordem aqui para votar em Dr. João Castelo, eu não votei, por que eu pertencia ao Colégio Eleitoral, e ele era indicado por Golbery Couto e Silva. Votei em Lourenço Vieira da Silva e Antônio Bayma. Disseram que ele não era candidato, mas o meu candidato era ele”, relembrou.
Contou ainda que quando criaram a Associação de Vereadores do Brasil foi à Bahia, e o governador Antônio Carlos Magalhães mandou prender a comitiva maranhense por subversão, porque criaram a entidade e não podiam se reunir, mas não foram cassados.
Anunciou que vai dar por encerrada essa discussão com jornalistas, após haver ligado para o programa de Geraldo Castro, explicando o que na verdade disse.
Explicou também que a verba residência não é para pagar residência, mas é para ter condições de receber um amigo em casa. “Qual deputado que não recebe um eleitor em casa para almoçar, para tomar um café, isso no cotidiano? Qual dos senhores deputados que não recebem? Todos eles recebem. Então a verba tem que ser maior”, garantiu.
E mostrou Resolução do Superior Tribunal Federal que reajusta em 59% o auxílio moradia e tem também a do Tribunal de Justiça que faz o mesmo e isso aconteceu também no TCE e TCU. Já no Congresso Nacional, foi de 178 por cento, mas a dos deputados maranhenses não chegou a 30 por cento, só R$ 200.
“Não é justo o que estão fazendo com esta Casa. E foi isso que eu protestei: porque o Parlamento é livre, mas pelo menos tem que ser respeitado, tem que ser dita a verdade, não pode manipular a opinião pública. Agora, medo eu não tenho. Foram dizer que eu intimidei, assim como eu não intimido ninguém, ninguém me intimida, eu respeito todo mundo, porque o meu direito começa onde acaba o do próximo. É assim que tem que ser o meu comportamento durante minha vida toda”, concluiu.