Brasília-DF - O governo japonês está interessado em ampliar investimentos no Brasil nos setores de energia elétrica, petróleo, gás e mineração, afirmou o ministro da Economia, Comércio e Indústria do Japão, Toshimitsu Motegi, durante audiência com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, na tarde de quinta-feira, 2 de maio. O ministro japonês visitou Lobão à frente de uma comitiva de empresários que incluiu dirigentes da Mitsui, Mitsubishi Corporation, Nippon Amazon Aluminium, Hitachi, Itochu, Sumitomo e Toshiba.
Acompanhado de assessores, Edison Lobão saudou o colega japonês e sua comitiva, observando que as fronteiras do Brasil estão abertas e que o capital estrangeiro é bem-vindo no país. Assinalou que as empresas estrangeiras instaladas no Brasil são consideradas brasileiras. Citou o caso da Albras, no Pará, como “associação perfeita entre Brasil e Japão há mais de 30 anos”. O Ministro Lobão informou também que está em estudo o novo marco do setor mineral, que proporcionará mais atratividade às empresas para investir no Brasil.
O Ministro Toshimitsu Motegi enfatizou a possibilidade do aumento de investimentos e cooperação nas áreas de transporte e logística com a Petrobras, além do setor naval e na exploração de gás na Amazônia. Referiu-se a evento que se realizará ainda em maio no âmbito da cooperação entre o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Avançada (AIST) e disse que o seu país também pretende participar de investimentos na área de produção de energia nuclear.
Energia e petróleo
Sobre energia nuclear, o Ministro Lobão informou que o parque gerador no Brasil ainda é pequeno, “mas as usinas brasileiras estão entre as mais modernas e seguras do mundo”. Informou também que há planos de expansão de médio e longo prazo. “O Brasil é o terceiro ou quarto maior produtor de urânio do mundo”, disse o ministro.
O ministro lembrou ainda que a indústria naval brasileira está renascendo, tendo ampliado o número de operários de 4 mil para mais de 80 mil em dez anos. Nessa área, lembrou a atuação de empresas japonesas em cooperação com a Camargo Corrêa no estaleiro Atlântico Sul.
Lobão informou que a Petrobras prevê compras da ordem de 250 bilhões de dólares em 5 anos, em navios, sondas, plataformas, rebocadores, etc. Lembrou a exigência de conteúdo lobal de 60%, e que empresas estrangeiras instaladas no Brasil são consideradas brasileiras. “No setor de energia elétrica, os investimentos serão da ordem de 120 bilhões de dólares em torres, cabos, equipamentos. Há, portanto, um campo aberto para investimento tanto no setor de energia elétrica, que realizará 3 leilões este ano, quanto nas rodadas de licitação do pré-sal e no setor de mineração”, disse o ministro.
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