O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, durante coletiva sobre a Petrobras

Brasília – O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, admitiu ontem a possibilidade de criação de mais uma diretoria na Petrobras para atender a interesses corporativos da estatal. “Não há decisão tomada ainda, mas é muito provável. A criação de uma diretoria corporativa é importante”. Indagado sobre uma possível indicação do ex-presidente da estatal José Eduardo Dutra, que tem sido citada pela imprensa, Lobão disse que ele é “um excelente nome” para o cargo. “Já foi presidente da empresa, tem qualificação plena para exercer qualquer função na Petrobras, já foi mais que aquilo que está sendo cogitado”.
Por outro lado, o ministro minimizou o impacto das mudanças na direção de Petrobras, com a substituição do presidente José Sérgio Gabrielli por Maria das Graças Foster. “A rigor, não muda nada na Petrobras, só a presidência. Os jornais têm dito que haverá mudanças, mas estou dizendo que não haverá mudanças, exceto se algum diretor manifestar o desejo de sair agora”, disse aos jornalistas.
Lobão convocou a imprensa para negar algumas informações que surgiram nos últimos dias, como as demissões do diretor de Exploração e Produção da estatal, Guilherme Estrella, e do presidente da Transpetro, braço logístico da Petrobras, o ex-senador Sérgio Machado. “Não há nenhuma mudança prevista, não haverá saída do Sérgio Machado”, assegurou.
Sobre o substituto de Maria das Graças Foster na diretoria de Gás e Energia, Lobão disse que ainda não há nenhum nome definido. “Ela própria [Foster] vai sugerir nomes à Presidência da República”. O nome deve ser anunciado na próxima reunião do Conselho de Administração da Petrobras, marcada para 9 de fevereiro. (Agência Brasil)