Jair Bolsonaro foi esfaqueado em um ato de campanha

Após pedido da Polícia Federal, a 3ª Vara de Juiz de Fora autorizou a prorrogação do inquérito sobre o ataque contra o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL). A decisão do juiz federal substituto Bruno Savino permite que as investigações continuem por mais 15 dias com o objetivo de concluir a análise de todas as imagens relacionadas ao fato.
Antes de a Justiça Federal concordar com a prorrogação, o Ministério Público Federal também havia se manifestado favoravelmente à concessão do novo prazo alegando que "diligências imprescindíveis à formação de seu convencimento ainda encontram-se pendentes".
Além das imagens, as autoridades policiais precisam ouvir novas testemunhas, ter acesso ao resultado de perícias requisitadas e receber um laudo médico "atestando a gravidade da lesão sofrida", segundo consta no pedido.
Até o momento, foram ouvidas 15 testemunhas, houve três interrogatórios formais do acusado e 38 entrevistas foram feitas. Em computadores e celulares apreendidos, já foram analisados dois Terabytes de imagens. As diligências ocorreram em outras cidades mineiras, na capital Belo Horizonte e em Florianópolis.
"A PF concluiu cinco laudos periciais, outros quatro exames seguem em andamento. Além disso, foram pleiteadas e obtidas junto ao Poder Judiciário várias medidas cautelares, como quebra de sigilo bancário, telefônico e telemático", informou a Polícia Federal.
Bolsonaro foi atingido por uma facada no dia 6 de setembro quando fazia campanha em Juiz de Fora. Ele está em recuperação no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, com quadro estável. Adélio Bispo, que assumiu o crime, está detido em um presídio federal em Campo Grande.